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PF quer ver as contas de 5 da máfia

O escândalo da arbitragem

Por Agencia Estado
Atualização:

Três réus confessos e mais dois acusados de pertencerem à Máfia do Apito terão suas contas bancárias vasculhadas pela Polícia Federal nos próximos dias. Os ex-árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, além do empresário Nagib Fayad, coordenador da quadrilha que manipulava resultados de jogos de futebol, certamente passarão pelo pente-fino. Mas os investigadores da PF e do Ministério Público-SP pretendem também ter acesso às movimentações das contas de Vanderlei Pololi, suposto cooptador dos árbitros, e do advogado Daniel Gimenes, apontado como sócio de Nagib. O pedido está na mesa do delegado Protógenes Queiroz e só não foi protocolado por causa da extensa agenda de depoimentos desta semana. Ontem foi ouvido o ex-árbitro João Paulo Araújo, que confirmou ter sido chamado para participar de esquema similar em maio deste ano, conforme a Agência Estado publicou duas semanas atrás. Legalmente, os investigadores têm somente até segunda-feira, dia 24, para concluir o inquérito ? o pedido de prorrogação por mais 30 dias será feito até sexta-feira. Nesta quarta-feira, às 9 horas, Daniel Gimenes será ouvido pela PF, em São Paulo. Contra ele recaem, dentre várias acusações, a de convencer Danelon a integrar a Máfia e ter pago a viagem que Pololi fez para convidar Edilson. Os primeiros indícios contra Gimenes surgiram nas conversas telefônicas interceptadas pela PF, nas quais era citado como organizador do esquema de manipulação. Seu nome completo não era conhecido até a entrevista que deu à Agência Estado, em 30 de setembro. Na ocasião, negou ter cometido qualquer crime; confirmou, no entanto, ter bom relacionamento com Danelon e Nagib. De quarta-feria a sexta-feira, serão ouvidas mais seis testemunhas: árbitros, bandeirinhas e ex-juízes mencionados nos depoimentos.

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