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Piá é preso em Santa Bárbara d´Oeste

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Santa Cruz sofreu uma baixa inesperada momentos antes do jogo contra o União Barbarense, neste domingo à tarde, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O ex-meia do Santos, Ponte Preta e Corinthains, de 31 anos, foi preso por dois processos que responde na Região Metropolitana de Campinas. Um deles é criminal: porte ilegal de arma, tendo condenação de um ano em regime aberto; outro é de ordem administrativa, por pensão alimentícia, penalizado com 60 dias de prisão. Piá tentou fugir antes de ser preso. Houve um acordo entre os dirigentes com o delegado Adilson Lopes para que ele ficasse à disposição do clube e que fosse detido após o jogo, por volta das 18 horas. Mas ele tentou fugir por uma porta dos fundos do vestiário, acabando detido por Edson Duarte, um dos policiais que cumpria os mandados. O jogador ficaria no banco de reservas, mas acabou sendo obrigado a deixar o Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães, sem algemas, mas preso, 15 minutos antes do jogo, que começou às 16 horas. Ele seguiu para a cadeia pública numa viatura do SIG - Serviços de Investigações Gerais - sob o comando do sargento Gonçalves. Havia a preocupação dos dirigentes pernambucanos de não provocar um trauma nos companheiros de clube. De boné, cabisbaixo e com uma bolsa à tiracolo, o jogador não quis comentar sua prisão. Ele foi acompanhado por um diretor do Santa Cruz, que já sabia da impossibilidade de sua libertação, em pleno domingo, onde o fórum local fica fechado. Com relação à pensão, de ação de um filho em Campinas, ele tem que efetuar o pagamento, cujo valor não foi revelado. Já sobre o porte ilegal de arma, sua defesa terá duas alternativas: pedir o relaxamento da prisão ou entrar com pedido de habeas-corpus. Estes casos demoram, em média, de sete a dez dias. Ficha extensa - Fora de campo, Piá sempre carregou a fama de indisciplinado e de pistoleiro, por andar armado. Por este motivo foi autuado duas vezes. Em 1999 ele foi co-autor de um assassinato, ocorrido em Limeira (SP), praticado por um primo. Ele também já foi indiciado por lesão corporal. Na sua última passagem pela Ponte Preta, em 2003, teve uma briga com o goleiro Lauro, levou uns tapas e correu no carro para pegar sua arma. Ele foi contido, já dentro dos vestiários, por seguranças do clube. O caso não foi registrado na polícia. Carreira - Revelado na Internacional de Limeira, Piá sempre chamou a atenção pela habilidade, mas também pelas confusões extra-campo. Passou pelo Cruzeiro, em 1994, antes de ser comprado pelo Santos, em 1996, onde nunca se firmou. Defendeu depois Coritiba e times do interior paulista como São José, Bragantino e Matonense, antes de se firmar como ídolo da Ponte Preta, onde atuou entre 1999 até 2003. Ano passado defendeu Corinthians e Portuguesa, em São Paulo, e neste primeiro semestre esteve no Corinthians de Alagoas, contratado com status de estrela para a Copa do Brasil. Participou apenas de um jogo, no qual seu time foi eliminado pelo São Caetano . Foi contratado pelo Santa Cruz para a Série B, sendo opção do técnico Givanildo de Oliveira.

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