Um dos maiores desafios dos administradores logísticos da CBF é preparar os planos de voos para os jogadores convocados. Um mês antes do anúncio, a equipe começa a bloquear os voos dos destinos onde estão cerca de 60 jogadores que são monitorados pela seleção antes da lista final. Esse mapeamento preliminar é feito sem contato com os atletas. Depois da divulgação dos convocados, a equipe de logística analisa o último jogo de cada um pelo clube e oferece duas ou três opções de voo, fazendo contatos individuais. A dificuldade está em adaptar os voos disponíveis às necessidades da seleção. "A gente tenta colocar o jogador na concentração da seleção o mais rápido possível", afirma o administrador da seleção, Luís Vagner Vivian.
No dia da partida, os jogadores têm o horário do café da manhã livre, tomam um lanche reforçado antes do saída da concentração e vão para o estádio com o ônibus (existe outro de backup) e a van de segurança. Já os roupeiros, massagistas e seguranças vão antes, logo depois da abertura dos portões. Aí, começa o protocolo da organização, com aquecimento, checagem de números, conferência da documentação dos jogadores. A programação no estádio termina no exame antidoping e na entrevista dos jogadores e na zona mista. ANTECEDÊNCIA O cronograma desse time que atua nos bastidores é bem diferente daquele que entra em campo. A participação na Copa América, por exemplo, começou seis meses antes, lá em dezembro. Sete pessoas de áreas diferentes viajam em geral duas vezes para conhecer o terreno. Na primeira, analisam hotéis, centros de treinamentos, condições de trânsito e do entorno, áreas de risco, aeroporto e imigração. Na segunda, um mês antes do torneio, acertam os últimos detalhes e refazem tudo o que foi planejado. Os locais dos próximos jogos da seleção nas Eliminatórias, Venezuela, Equador e Peru, por exemplo, já foram visitados. Existe certa preocupação em relação à Venezuela, que vive um momento político conturbado. Até a preparação para a Copa do Mundo da Rússia, que exige um planejamento com três anos de antecedência, também já começou, mesmo que o Brasil ainda dispute as Eliminatórias. "Os locais onde vamos ficar já estão mais ou menos programados", diz Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções.