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PM faz acordo com torcidas em Maceió

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Militar de Alagoas teve uma tarefa a mais para garantir a segurança dos torcedores que assistiriam ao jogo Brasil x Colômbia, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL): entrou num acordo com facções de torcidas organizadas dos dois clubes mais populares da cidade, CSA e CRB, a fim de evitar distúrbios. No estádio, cada parcela num lado da arquibancada. Ainda sim, houve provocações. Adeptos do CRB, que disputou este ano a Série B do Campeonato Brasileiro, hostilizavam os rivais lembrando que o CSA está na Segunda Divisão do Campeonato de Alagoas. "Eles acabam se ofendendo, mais não vai passar disso. Se houver exageros, estamos prontos para agir", disse o capitão Francisco Almeida, da PM, um dos encarregados de coordenar o trabalho dos policiais fora do Rei Pelé. Torcedores com a camisa dos dois clubes ocuparam ainda o saguão do Hotel Hitz, que hospedava a seleção brasileira, e dividiram a atenção com o grupo também grande de pessoas vestidas nas cores verde e amarela. A paixão pelo futebol em Maceió ficou clara com essa disputa caseira, de duas equipes de pouca expressão no futebol do País. Durante o dia, o hotel da seleção teve a segurança reforçada. Eram muitos os curiosos que circulavam entre a entrada principal e os fundos do prédio. Adolescentes tentaram escalar um muro lateral do Hitz, na esperança de ver algum jogador de perto. Mas nenhum dos atletas deixou o pavimento a que estava destinada a seleção, até o momento da saída para o estádio. Num trecho da Praia Lagoa das Antas, vendedores ambulantes e banhistas passavam horas a fio de olho nas janelas do quarto andar do hotel. Queriam identificar os jogadores. Depois da longa espera, o máximo que conseguiam foi um bronzeado mais realçado, pois fez muito calor na cidade. Valia tudo para chegar o mais próximo possível dos craques do Brasil. Repentistas tentaram entrar no hotel, mas foram barrados. Moças de Maceió, desinformadas sobre futebol, ainda perguntavam sobre Kaká - ausente da partida por motivo de suspensão. Houve até quem deixasse cartões pessoais com funcionários do hotel para serem distribuídos aos jogadores. "Tenho uma locadora de carro; se algum atleta precisar, posso oferecer os serviços de minha empresa", disse Romildo Soares, dono da Feitosa Car. Ele não sabia que todos da seleção voltariam para Rio e São Paulo imediatamente após o jogo. Em meio à ansiedade pela presença dos jogadores, sobrava um repertório de canções improvisadas, na rua, para saudar Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Os dois foram os mais aplaudidos quando o ônibus deixou o Hitz e seguiu para o Rei Pelé.

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