
28 de fevereiro de 2014 | 05h01
SÃO PAULO - É esperado que cinco torcedores se apresentem à Polícia Civil na próxima semana. Eles são acusados de invadir o CT do Corinthians no início do mês e a suspeita é de que fazem parte da Gaviões da Fiel. Segundo o advogado da organizada, Ricardo Cabral, a delegada responsável pelo caso, Margarete Barreto, enviou à direção da torcida fotos da invasão nas quais aparecem cinco torcedores vestindo camisas da facção e solicitou a identificação dos invasores.
"A delegada apresentou as fotografias, mas ela não sabe os nomes das pessoas. Pediu para a gente colaborar na investigação, mas não é porque a pessoa está com a camisa da torcida que necessariamente é sócia", disse Cabral.
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De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Margarete Barreto pediu para não dar entrevistas. Ela comanda a "Operação Hooligans", iniciada na semana passada, que investiga a invasão de mais de cem torcedores ao CT do Corinthians e já prendeu quatro membros de organizadas. Tarcísio Baselli Diniz (sócio da Pavilhão 9) e Gabriel Monteiro de Campos (Camisa 12) foram detidos pela invasão, e Danilo dos Santos Gomes (Camisa 12) por porte ilegal de arma e drogas. Na quarta-feira, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira entregou-se na sede do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ele é um dos 12 corintianos que ficaram presos na Bolívia no ano passado acusados da morte de Kevin Espada.
A previsão de Cabral é de que os cinco torcedores sejam identificados e se apresentam à polícia apenas depois do carnaval. "Duas pessoas do departamento de cadastro estão fazendo o trabalho de bater foto por foto. Mas durante o carnaval o fórum vai ficar fechado e as delegacias trabalham no esquema de plantão", justifica.
Os torcedores presos são acusados de formação de quadrilha, roubo, lesão corporal e ameaça. A polícia trabalha agora na individualização de conduta. Ou seja, quer saber exatamente o que cada um fez durante o período em que esteve no CT. Cabral, no entanto, aposta que todos estarão em liberdade nos próximos dias por conta da fragilidade das provas. "Com relação às agressões e aos roubos, será extremamente difícil identificar os responsáveis porque as câmeras de segurança do CT não estavam funcionando", diz.
O atacante Guerrero, que deveria depor na quinta-feira, não compareceu ao DHPP porque machucou o joelho direito na quarta-feira à noite.
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