29 de julho de 2014 | 20h09
Não apenas uma quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa teve integrantes presos no Rio durante o Mundial, mas duas - que têm ligações entre si. Além do grupo do qual faziam parte, segundo a polícia, Lamine Fofana e o CEO da Match, Raymond Whelan, outra quadrilha foi identificada, esta só de estrangeiros. A polícia teve nas mãos o homem apontado como líder do esquema. Prendeu, autuou por crime leve de cambismo e soltou. O inglês, ao que tudo indica, já fugiu do Brasil.
James Sinton é CEO da britânica THG Sports, acusada pela Match de vender ilegalmente ingressos e os chamados pacotes de Hospitalidade (camarotes) da Copa. A parceira da Fifa detém exclusividade na venda dos pacotes. Após denúncia da Match à polícia, Sinton foi preso em flagrante vendendo ingressos dentro do hotel Sofitel, em Copacabana, em 17 de junho - antes da Operação Jules Rimet, que prendeu Fofana em 1º de julho. Com Sinton e um norte-americano, agentes da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) apreenderam 59 ingressos.
Ao contrário dos presos na Jules Rimet - operação de outra delegacia, a 18ª DP -, o inglês foi somente autuado pelo artigo 41-F do Estatuto do Torcedor (vender ingresso acima do "valor de face" cuja pena pode ser revertida em multa) e liberado. Não há processo contra ele no Tribunal de Justiça. Já os presos da outra quadrilha (Fofana, Whelan e dez brasileiros) são acusados de seis crimes, como associação criminosa e lavagem de dinheiro. Todos, à exceção de um, que responde em liberdade, continuam presos.
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