PUBLICIDADE

Publicidade

Políticos vêem exagero com Luxemburgo

O relator da comissão que investiga o contrato entre CBF/Nike, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), acha exagerado o enquadramento contra o treinador.

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) considerou "exagerado" o enquadramento do técnico Wanderley Luxemburgo, pelo juiz Marcello Ferreira Granado, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, sob alegação de falsidade ideológica. Luxemburgo está sendo acusado de utilizar documentos com informações falsas, quando da expedição do seu CPF e passaportes. Integrante da CPI do Futebol, Paes de Barros ponderou que "o sistema carcerário brasileiro é ineficiente e não tem condições de recuperar ninguém." Também na CPI da CBF/Nike a notícia do enquadramento de Luxemburgo, denunciado com base nos artigos 299 (falsidade ideológica) e 304 (uso de documento falso) do Código Penal, na forma do artigo 71, pegou de surpresa o relator, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), "me pareceu exagerada porque, pelo que ele disse na comissão, foi o pai dele (Sebastião da Silva) que tirou os documentos", mas Silvio Torres advertiu, "se todas as denúncias de falsificação de documentos apontadas pela CPI forem levadas a termo, muito jogador de futebol também terá de ser enquadrado", disse o relator. O jogador Sandro Hiroshi, atacante do São Paulo Futebol Clube, acabou suspenso por seis meses, após ser flagrado como "gato". Outro jogador que teve problemas com a documentação é o zagueiro Cafu. Em 17 de abril de 2001, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido da Justiça italiana contra a intimação de Cristóvão Colombo dos Reis, advogado do jogador Cafu, do Roma e da seleção brasileira, investigado na Itália sob a acusação de alteração de documentos pessoais para obter dupla cidadania (brasileira e italiana). Quando prestou depoimento na CPI do Futebol, em 30 de novembro de 2000, Wanderley Luxemburgo disse ao relator da comissão, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), que o seu pai, Sebastião da Silva, já morto, é que teria sido responsável pela existência de duas certidões de nascimento. Em uma delas, Luxemburgo teria nascido em 10 de maio de 1952, onde o seu nome está grafado Vanderlei, com V e I. Na outra certidão, Wanderley aparece com W e Y, tendo nascido três anos depois. "Mas eu já entreguei à Polícia Federal toda a documentação com a data de nascimento de 10 de maio de 1955", garantiu. Luxemburgo terá de comparecer à Justiça Federal, no Rio, no dia 29, para explicar-se à Justiça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.