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Ponte faz jogo da morte contra Fortaleza

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Por Agencia Estado
Atualização:

Ponte Preta e Fortaleza vão disputar um dos jogos mais importantes da última rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo, às 16 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. O "jogo da morte" pode definir um dos clubes rebaixados para a Série B em 2004. Para o time paulista, penúltimo colocado com 47 pontos, a vitória é obrigatória. Aos cearenses, 19º colocado com 49 pontos, serve o empate. A missão ponte-pretana não é tão simples como parece. Sem contar a disposição natural do adversário, a Ponte tem tropeçado nos seus próprios erros. Neste domingo completa 154 dias sem vencer em seu estádio, acumulando sete derrotas e cinco empates. Os números são desprezados pelo técnico Abel Braga, que vê outros motivos fortes para chegar à vitória desta vez. "Este não é apenas o jogo do ano ou jogo da morte. É o jogo das nossas vidas", repetiu várias vezes aos seus jogadores e à imprensa. Não há em Campinas o clima de guerra que chegou a ser alardeado na capital do Ceará. Mas existe um sentimento único de manter o time na elite nacional, onde brilha há seis anos. Uma emissora de rádio local já prometeu um troféu para cada jogador que salvar o time, mesmo porque o clube sofreu uma avalanche de deserções na temporada. Insatisfeitos com salários atrasados, 21 jogadores abandonaram o Majestoso. A mesma emissora - Rádio Central - enviou um ofício ao governador Geraldo Alckmin, convidando-o para vir ao jogo, uma vez que vários políticos cearenses prometeram estar em Campinas. "Tomamos esta iniciativa na tentativa de ajudar o time que representa a cidade", justificou o radialista Alberto César Iralah. A torcida promete trocar a guerra por uma grande festa. Suas armas? Faixas preto e branco, muita fumaça e bexigas. Os apitos foram proibidos pela Polícia Militar, que espera público em torno de 15 mil pessoas. No total foram colocados à venda 18.500 ingr essos. Duas mudanças - Para a decisão, a Ponte sofrerá duas mudanças. O zagueiro Gerson, após cumprir suspensão no empate por 1 a 1 com o Flamengo, volta no lugar de Rafael Marques. No meio-de-campo, o volante Ângelo, expulso, cumpre suspensão e será substituído por Adrianinho. O time, em princípio, começa no esquema tático 4-4-2, mas pode até apelar para o 4-2-4 no segundo tempo, caso seja necessário. Waguinho e o argentino Dario Gigena estão de prontidão. "Este jogo será de tudo ou nada. É nosso nome que está em jogo", diz o meia Adrianinho, que deve deixar o clube no início do próximo ano. O seu destino mais provável é a capital paulista mas o endereço ainda está indefinido, entre Parque Antártica, do Palmeiras, e o Parque São Jorge, do Corinthians.

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