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Ponte Preta joga sob pressão geral

Por Agencia Estado
Atualização:

A Ponte Preta vai enfrentar o São Paulo sob forte pressão de sua diretoria. Após a humilhante goleada sofrida para o Cruzeiro, por 5 a 0, no Mineirão, os jogadores foram repreendidos pelo vice-presidente Marco Antônio Eberlin que cobrou mais postura, mais dedicação e "mais vergonha na cara". No jogo, com certeza, a pressão será da torcida. A dura do dirigente aconteceu na segunda-feira à tarde no Centro de Treinamento e durou quase uma hora. Esta atitude já se tornou rotina após os tropeços do time dentro do Campeonato Brasileiro. Da última vez, após a goleada de 5 a 0 para o Goiás, o dirigente relevou até os comentários de que alguns jogadores estavam abusando da noite. Agora deu um recado direto, pedindo aos jogadores que "façam farra dentro de campo". Para evitar abusos, a concentração foi iniciada segunda-feira à noite num hotel da cidade. Mais calmo, nesta terça-feira, Eberlin deu uma versão mais amena de tudo que aconteceu: "Pedimos mais dedicação de todos, porque se cada um der um pouco a mais de si o time vai ganhar força". Com humildade e muita aplicação em campo a Ponte surpreendeu s eus concorrentes, aparecendo em sétimo lugar com 53 pontos. O dirigente voltou a reafirmar o objetivo do clube de se manter nas primeiras posições para buscar uma vaga na Taça Libertadores ou na Copa Sul-Americana. Estas competições são consideradas importantes para o clube, que jamais participou de um torneio internacional. "Os salários estão em dia, estamos dando prêmios por jogos e por objetivos alcançados, então não há motivo para ficar com conversa fiada", disparou Eberlin. Respaldado pela diretoria, o técnico Nenê Santana ficou à vontade para promover várias mudanças no time que vai usar o esquema 3-5-2. E vai continuar priorizando a marcação, mesmo atuando dentro de casa. O time terá três zagueiros, mas com Gustavo entrando no lugar de Rafael Santos. No meio campo, os experientes Marcus Vinícius e Romeu voltam após cumprir suspensão nos lugares de Ângelo e Flávio. No ataque, o garoto Roger continua no time embora não tenha retrospecto positivo, com quatro jogos e nenhum gol. Ao seu lado, vai aparecer Alecsandro, pela primeira vez desde o início do jogo. Quem deixa o time é o veterano Barata, ainda sem ritmo de jogo. Estas mudanças foram testados no coletivo realizado à tarde no Majestoso. "O grupo reagiu bem à nossa conversa e tenho certeza de que vamos fazer uma boa apresentação", comentou Nenê Santana, lembrando que o time já venceu nove vezes diante de sua exigente torcida. "Ela cobra bastante, mas também apoia o time até o final do jogo", diz Nenê, que conhece a reação da torcida com experiência própria. Afinal de contas, ele começou a carreira no final da década de 70 no Majestoso.

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