Duas vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro recolocaram a Ponte Preta nos trilhos, com 21 pontos e na 10.ª posição. Esta é, pelo menos, a opinião do técnico Gilson Kleina, que se apoia nas vitórias em cima do Coritiba (4 a 0) e Atlético Paranaense (2 a 0) para dar ânimo ao time buscar uma vaga nas oitavas da Copa Sul-Americana. O time paulista vai enfrentar o Sol de América, no Paraguai, nesta quarta-feira, pelo jogo de volta da segunda fase.
E começa em vantagem porque venceu por 1 a 0, em Campinas (SP), com gol de Emerson Sheik. Ele, aliás, volta a ser opção ofensiva, uma vez que não atuou na Arena da Baixada, em Curitiba, por estar suspenso com três cartões amarelos. "Havia uma instabilidade e até falta de confiança. Os resultados positivos nos devolvem esta autoestima, mesmo sabendo que não apresentamos um futebol vistoso, mas de resultados" explicou Gilson Kleina.
O sistema defensivo tem funcionado nos últimos dois jogos. Foram seis gols marcados, contra nenhum sofrido. A Ponte Preta venceu pela primeira vez fora de casa, o que não acontecia desde o dia 30 de junho de 2016, quando fez 3 a 0 em cima do Santa Cruz, no Recife.
O time até sofreu algumas críticas por ser muito defensivo diante do Atlético Paranaense, que teve 70% de posse de bola. No Paraguai, a Ponte Preta vai precisar, de novo, ser cautelosa porque o empate garante a sua classificação.
Com relação ao time ainda é cedo tentar uma escalação. Mesmo porque dois titulares não estão inscritos: o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, emprestado pelo Atlético Mineiro, e o atacante Maranhão, vindo do Fluminense. Eles chegaram ao clube somente no início da semana passada.
A delegação seguiu, nesta segunda-feira, de Curitiba para São Paulo. Houve um treino no centro de treinamento de base do Palmeiras, localizado na rodovia Ayrton Senna. Esta logística evitou a volta para Campinas (SP) e novo embarque para o país vizinho. "Ganhamos com descanso, uma melhor alimentação e até abrimos uma janela para treinamento na terça-feira lá no campo deles", explicou o supervisor Gustavo Bueno.
O dirigente também confirmou a desistência do clube em contratar o atacante Zé Roberto, que tem vínculo com o Bahia. Na verdade houve veto por parte do setor de registros da CBF sob a alegação de que o clube já fez as cinco transferências permitidas de clubes dentro da Série A: Claudinho e Léo Artur (Corinthians); Negueba, do Atlético Goianiense, Danilo Barcelos e Maranhão.
Pelo Brasileirão, a Ponte Preta voltará a campo no próximo domingo, quando vai receber o Fluminense, a partir das 16 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 17.ª rodada.