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Pontepretanos choram ?empate trágico?

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem esconder a fisionomia triste, o técnico Nelsinho Baptista tentou levantar o moral de seus jogadores, arrasados com o tropeço inesperado em pleno estádio Moisés Lucarelli. No meio de muito choro e uma enxurrada de rostos tristes, Nelsinho tratou de pensar no futuro. "Perdemos o Campeonato Paulista, mas podemos ganhar a Copa do Brasil. Somos profissionais e a vida continua", disse o técnico, referindo-se à participação do time nas quartas-de-final da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Fortaleza, no Ceará. Nelsinho lamentou o empate, que teve mais que um sabor de derrota. Pelas circunstâncias, o resultado acabou sendo trágico, uma vez que a Ponte deixa o Paulistão invicto no Majestoso, tendo vencido sete jogos e empatado três. E a melhor defesa da competição - 21 gols - acabou sofrendo três gols de bolas paradas. "Nosso time também se desestabilizou a partir do segundo gol do adversário", citou o técnico, sem esconder a decepção por ficar fora de uma final no Paulistão. Nelsinho, porém, elogiou a conduta de seus jogadores durante toda a competição. Disse também que seu time não menosprezou o adversário, mesmo quando fez 3 a 1, no segundo tempo. "No intervalo ainda pedi dedicação e empenho dos jogadores. Falhamos em lances já manjados", completou. O artilheiro Washington, que perdeu um pênalti e marcou dois gols, não se sentia culpado por nada. "Acho que fiz minha parte, mas infelizmente não deu. Isso já estava escrito para acontecer", conformou-se o atacante, que já marcou 16 gols no Paulistão, sete a mais que Marcelinho Carioca e Ewerthon, do Corinthians. As portas dos vestiários só abriram 35 minutos após o jogo, tempo insuficiente para esconder os olhos vermelhos de muitos jogadores. Ao apito final, a torcida ameaçou um aplauso ao time, mas não prosseguiu impedida pela forte decepção. Alguns torcedores mais exaltados criticaram muito o técnico Nelsinho Baptista, que foi defendido pelos dirigentes. "O Nelsinho continua conosco normalmente. Ele não perde pênalti, não cabeceia dentro da área e sabe o que faz no banco", atestou o diretor de futebol, Marco Antonio Eberlim. Mesmo inconformada, a maior parte da torcida deixou o Majestoso pacificamente, tentando encontrar culpados pelo desastre. O consolo já existia há duas semanas, quando o Guarani - o maior rival da Ponte - foi rebaixado para a Série A-2. A Ponte encerrou sua participação no Paulistão com o time de melhor campanha, somando 31 pontos na fase de classificação.

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