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Por atrasos salariais, cozinheiros fazem greve no Cruzeiro

Funcionários da Toca da Raposa I, CT onde se concentram os jovens das divisões de base, não foram trabalhar

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Por Redação
Atualização:

A crise financeira, administrativa e técnica do Cruzeiro ganhou mais um contorno nesta quinta-feira. Os cozinheiros e assistentes de cozinha da Toca da Raposa I, CT onde se concentram os jovens das divisões de base, entraram em greve por causa dos atrasos salariais. A informação foi confirmada pela direção do clube.

Em nota oficial, a diretoria do Cruzeiro admitiu o atraso nos pagamentos dos funcionários e também de jogadores e demais membros do departamento de futebol, responsabilizando a crise do clube pelas dificuldades para manter as contas e compromissos em dia.

Wagner Pires de Sá,presidente do Cruzeiro Foto: Jaci Silveira/Cruzeiro

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"O Cruzeiro EC esclarece que diante do grave momento político e financeiro que o Clube atravessa, os salários dos colaboradores, atletas e diretores estão em atraso e a diretoria trabalha em busca de uma solução para o problema", afirmou, em nota oficial.

"A greve dos cozinheiros e assistentes de cozinha na Toca da Raposa I é mais um retrato da crise no Cruzeiro. Lamentamos e esperamos efetuar o pagamento de todos o mais breve possível", acrescenta o clube.

O cenário financeiro do Cruzeiro é caótico, com uma dívida que ultrapassa os R$ 700 milhões. Além disso, a gestão do presidente Wagner Pires de Sá é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais por acusações como falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. E mais recentemente o time foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.

Acusados de terem cometido irregularidades, o vice-presidente de futebol Itair Machado e o diretor geral Sergio Nonato foram afastados dos seus cargos há alguns meses. E durante o Brasileirão, o então presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, se tornou o homem-forte do departamento de futebol, mas acabou sendo demitido por Wagner logo após o rebaixamento. Neste momento, há pressão para a renúncia do presidente e seus vices. A proposta é de que um conselho gestor, formado por empresários, assuma o comando do clube.

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