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Por Ebola, Marrocos pode abrir mão de receber a Copa Africana

País está preocupado com a possibilidade de entrada da doença no seu território e pretende que o início do torneio seja adiado

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Por Redação
Atualização:

A epidemia do vírus Ebola, que tem tomado conta de alguns países na África, pode fazer com que Marrocos desista de sediar a Copa Africana de Nações no começo do ano que vem. Preocupado com a possibilidade de entrada da doença em seu território, o país pediu para que o principal torneio de futebol do continente seja adiado. Se não obtiver resposta positiva, deve desistir de receber a competição.

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De acordo com o governo marroquino, o país "não pode colocar em risco a saúde dos cidadãos". Os representantes locais também estariam preocupados com o turismo, uma de suas principais fontes de renda, que seria colocado em risco caso o vírus adentrasse seu território.

Organizadora do torneio, a Confederação Africana de Futebol (CAF) já estaria procurando outras alternativas para sediá-lo. De acordo com a BBC, dois países teriam sido contatados: Gana e África do Sul.

Em relação aos profissionais de saúde atingidos, os números avançaram para 237 em mortes e 2,7 mil em infectados Foto: Erik S Lesser/EFE

A rede de comunicação britânica garante ter conseguido acesso a uma carta enviada pela entidade a governantes sul-africanos. Além disso, reproduziu nesta quinta-feira uma entrevista com o ministro do esporte e da juventude de Gana, Mahama Ayariga. "A CAF nos escreveu e nos indicou que Marrocos deu fortes indicações de que não poderia seguir se a CAF não mudar a data", disse ele.

De acordo com o governante, a entidade não dá mostras de que pretende alterar a data do torneio. "A CAF também indicou que estava firme na data do torneio, mas eles ainda vão encontrar com autoridades marroquinas para tomar a decisão. Neste meio tempo, estão escrevendo para vários países que acreditam ser uma alternativa possível."

Quase 4.500 africanos já morreram por causa da epidemia do Ebola. Em resposta a isso, a CAF chegou a proibir jogos internacionais na Libéria, Guiné e Serra Leoa, os três países mais afetados pelo surto da doença.

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