18 de novembro de 2014 | 07h00
A Comissão de Ética do Conselho Deliberativo da Portuguesa já tem praticamente concluídas as investigações internas sobre o "Caso Heverton", episódio da escalação irregular do meia que levou o clube a ser rebaixado para a Série B, em 2013. Apesar de ainda faltar o depoimento do ex-presidente da Portuguesa Manuel da Lupa para finalizar do trabalho, o órgão considera que dificilmente o caso terá rumos diferentes.
"O depoimento dele não nos trará qualquer surpresa. A não ser que ele traga alguma coisa bombástica que mude o que já está apurado, a Comissão de Ética já está bem avançada naquilo que investigou”, disse o presidente do Conselho, Marco Antônio Teixeira Duarte.
Dirigentes da Portuguesa acusam da Lupa de não colaborar com as investigações e apresentar "incontáveis justificativas" para não prestar depoimento. Se ele se recusar novamente a ser ouvido pela Comissão de Ética, pode até ser expulso do quadro de associados do clube.
"Estamos aguardando que ele faça a própria defesa e traga as testemunhas. Falta só isso para fechar o caso”, disse Duarte. O depoimento do ex-presidente é aguardado para os próximos dias. Da Lupa é o principal suspeito de ser o responsável pela queda da equipe à Série B, em 2013.
Paralelamente ao trabalho interno, o clube também é tema de investigação do Ministério Público. "O inquérito investiga dirigentes, que cometeram um erro grosseiro e têm uma culpa grave no caso de escalação irregular do jogador", explicou o promotor do caso, Roberto Senise Lisboa.
No estágio atual da investigação o Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) apura as movimentações financeiras de funcionários da Portuguesa para buscar evidências de favorecimento para a escalação irregular. O meia estava suspenso e por ter sido relacionado no jogo da última rodada, contra o Grêmio, o clube foi punido com a perda de quatro pontos e acabou rebaixado para a Série B ao fim do Brasileirão de 2013.
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