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Portuguesa busca parceria para evitar leilão do Canindé e negociar dívidas

Grupo da Baixada Santista pode quitar dívida de R$ 160 milhões e ganhar parte do terreno onde fica o estádio

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Por Redação
Atualização:

Mergulhada há anos em uma crise econômica que interferiu diretamente no rendimento do time dentro de campo, a Portuguesa tenta encontrar uma luz no fim do túnel para reiniciar um processo de reconstrução. Às vésperas de uma eleição presidencial, o clube tenta achar soluções para evitar o leilão do estádio do Canindé e viabilizar o departamento de futebol. Acordo firmado com o Grupo Mendes, da Baixada Santista, pode dar início à solução do imbróglio que envolvem dívidas e questões trabalhistas.

O Grupo Mendes concordou em quitar R$ 160 milhões de dívidas para ganhar parte do terreno onde está construído o Canindé. No lugar do estádio, porém, seriam construídos dois edifícios comerciais e um shopping. Para compensar, a empresa construiria uma arena para 15 mil pessoas, em outra área do terreno, além de um prédio com piscinas, quadras e outros departamentos.

Portuguesa tenta quitar dívidas sem perder seu estádio Foto: Divulgação

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Além de quitar as dívidas, a parceria garantiria cerca de R$ 500 mil por mês para a Portuguesa. O valor é referente à exploração comercial dos edifícios e do shopping. Em um período de 30 anos, o clube terá um lucro entre 5% e 12% sobre outros eventos realizados na arena.

O que atrasa o desenrolar da parceria é o fato do clube estar sem presidente desde a renúncia de José Luiz Ferreira. A eleição deve ser realizada no dia 12 de dezembro e por enquanto apenas Alexandre Barros confirmou a candidatura. Ele teria apoio de um grupo tradicional do Conselho Deliberativo. A expectativa é que Marco Antônio Teixeira Duarte encabece uma segunda chapa.

NEGOCIAÇÕES - Por enquanto, as decisões ligadas à venda do Canindé estão sob a responsabilidade dos presidentes do Conselho Deliberativo, Conselho Consultivo, social e diretoria executiva. No momento, eles se esforçam ao lado do Grupo Mendes para impedir a realização do leilão do estádio, marcado para o próximo dia 18, com o lance mínimo de R$ 74 milhões.

O clube já conseguiu negociar com alguns credores, como os conselheiros Joaquim Justo dos Santos e Carlinhos Duque, que concordarem em cancelar o leilão diante da promessa de que receberão os R$ 6 milhões devidos pelo clube em no máximo seis meses.

Agora, os dirigentes tentam um acordo com a advogada Gislaine Nunes, representante de cinco jogadores que soma mais de R$ 55 milhões em ações contra a Portuguesa. Ricardo Oliveira, do Santos, Rogério Pinheiro, Tiago Barcelos, Marcus Vinícius e Rafael são os jogadores envolvidos no processo.

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