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Portugueses, novos parceiros do Corinthians

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, é o mais novo parceiro do Corinthians. De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Estado, a instituição financeira já trabalha ao lado dos brasileiros em duas frentes. A primeira é a reforma do Estádio Alfredo Schurig, a Fazendinha. A segunda, a sonhada - e tantas vezes frustrada - construção do estádio corintiano. O acordo, pelo menos por enquanto, não prevê investimento em contratações. Um motivo em particular faz o projeto ser tratado com extremo sigilo, sobretudo pelos dirigentes do clube. Ao longo do tempo, nenhuma das inúmeras tentativas de viabilizar a construção da arena corintiana foi concretizada. Desde os carnês criados pelo ex-presidente Vicente Matheus na década de 70, até a malsucedida parceria com o fundo americano de investimento, Hicks, Muse, Tate and Furst (HMTF), em 1999, não faltaram promessas e sonhos. Como nenhum deles vingou, o assunto passou a ser mais motivo de chacota do que de orgulho. E para não criar novas expectativas, a ordem é o silêncio. Em um primeiro momento, os portugueses investirão cerca de R$ 6 milhões na reestruturação da Fazendinha. Além da ampliação do número de lugares, dos atuais 18.386 (número oficial do Corinthians) para cerca de 25 mil, o dinheiro servirá para melhorar as acomodações, criar restaurantes e lojas e ampliar o estacionamento. O objetivo é adequar o local para receber jogos de pequeno e médio portes ainda neste ano, durante o Campeonato Brasileiro. Sonho, de novo - Já o projeto de construção da nova arena corintiana é mais ambicioso. Está definido que não se trata de dar continuidade ao que vinha sendo elaborado pela antiga parceira. O terreno na Rodovia Raposo Tavares e o projeto, pelos quais a HMTF pagou aproximadamente US$ 30 milhões, não interessam mais. A proposta dos portugueses é diferente. No momento, o banco não cogita a hipótese de investir dinheiro na construção do estádio. Sua participação será como uma espécie de representante do Corinthians na Europa, onde o grupo tem forte presença. "O Grupo Banco Espírito Santo não se encontra incluído no conjunto de instituições que irão financiar a construção do novo estádio do Corinthians", afirmou ao Estado o responsável pelo departamento de Comunicação da instituição, Eduardo Gonçalves. "A nossa colaboração tem-se limitado ao desenvolvimento de trabalhos relativos à estruturação financeira do projeto." Know how - Em outras palavras, um dos braços da empresa (esse ligado ao mercado financeiro), chamado de Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), terá, entre outras incumbências, a de encontrar investidores que viabilizem financeiramente o projeto. Não seria a primeira vez que o BESI realizaria esse trabalho. Em junho do ano passado, os portugueses se tornaram os estruturadores do projeto de construção do estádio do Arsenal, da Inglaterra. A obra está orçada em US$ 575 milhões.

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