Publicidade

'Precisamos estar equilibrados psicologicamente', diz Edu Dracena

Zagueiro do Palmeiras alerta para perigos que o time pode ter na estreia na Libertadores

PUBLICIDADE

Por Ciro Campos
Atualização:

O zagueiro Edu Dracena é o jogador do Palmeiras com mais participações na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, o defensor inicia diante do Atlético Tucumán, na Argentina, a sua sexta edição do torneio, condição de experiência que lhe faz traçar com clareza o que é necessário para a equipe alviverde ter boa campanha. Em entrevista exclusiva ao Estado, o jogador falou sobre a expectativa para a estreia.

Você ganhou a Libertadores em 2011, com o Santos.O que você em comum de características daquele grupo para o elenco atual do Palmeiras?

Em comum eu vejo que temos uma base formada que foi Campeã Brasileira em 2016, e que foi qualificada com a chegada de bons reforços. Temos experiência aliada à juventude.

Edu Dracena, zagueiro do Palmeiras. Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

PUBLICIDADE

A pressão por títulos do Santos naquele ano, quando tinha Neymar e Ganso, era parecida à do Palmeiras atual?

Pressão por títulos é característica de time de futebol que tem torcida. Passei por Guarani, Cruzeiro, Fenerbahce, Santos, Corinthians e agora Palmeiras. A pressão pode ser maior ou menor dependendo do clube, mas existiu em todos. Mas comparando 2011 com 2016, sim, a pressão é parecida porque os times são muito qualificados. A torcida sabe do nosso potencial e, por isso, sabemos que existe cobrança à altura.

Os atacantes sempre falam que jogar a Libertadores é diferente, porque os defensores estrangeiros jogam mais pesado. E para você, como zagueiro, o que muda no seu estilo de atuar?

O meu estilo é o mesmo independentemente do adversário, mas o psicológico muda, claro. Um jogo de Libertadores vem acompanhado de muito extra-campo, condições adversas e a famosa 'catimba' sul-americana. Além de estarmos bem preparados fisicamente e tecnicamente, precisamos estar muito equilibrados psicologicamente.

Publicidade

Estrear contra o Tucumán, um time conhecido do que os mais famosos da América do Sul, traz uma dificuldade extra?

Na Libertadores não tem jogo fácil ou tranqüilo. Nem dentro e nem fora de casa. Todo adversário tem que ser enfrentado como se fosse final. Por ser uma estreia fora de casa, nossa atenção precisa estar dobrada. 

Nas Libertadores anteriores que disputou, teve alguma vez em que se deparou com estádios sem estrutura ou organização precária? Como foi a situação?

Sim, teve. Prefiro não citar os nomes, mas é óbvio que há um abismo financeiro e de estrutura entre alguns times e outros menos favorecidos. E isso se reflete na estrutura e na organização.

A Libertadores tem viagens longas, estádios acanhados, altitude, arbitragem por vezes um pouco duvidosa e etc. Quais desses obstáculos é o pior?

A Libertadores é um torneio diferente em todos os sentidos, é repleta de dificuldades dentro e fora de campo. Mas pode reparar que todos os times brigam o ano inteiro para disputar a Libertadores. É o grande objetivo dos clubes. Portanto, obstáculo é pra ser superado e esse ano a gente quer fazer a diferença independente da dificuldade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.