PUBLICIDADE

Publicidade

Prefeitura de São Paulo aluga Pacaembu para a Universal e Santos tem de mudar local do jogo

Paulo Machado de Carvalho será palco de pelada entre bispos da Universal contra personalidades da mídia

Por Diego Zanchetta e Marcio Pinho
Atualização:

SÃO PAULO -  O site da CBF indica que a partida entre Santos e Figueirense, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, mudou do Pacaembu para a Vila Belmiro porque “a Prefeitura de São Paulo utilizará o estádio para evento comemorativo”. As explicações acabam aí. Mas não é isso o que indica uma autorização da Secretaria Municipal de Esportes publicada nesta sexta-feira na página 19 do Diário Oficial da Cidade.Neste sábado, entre 11 horas e 17 horas, o estádio municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) será palco de evento da Igreja Universal do Reino de Deus. No gramado, uma pelada entre os bispos e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus e personalidades da mídia, entre eles artistas contratados da Rede Record, como Marcos Mion e Rodrigo Faro. Vai ser uma festança. O aluguel do Pacaembu vai custar R$ 50 mil aos organizadores  – nas partidas oficiais do Campeonato Brasileiro é cobrada taxa de 5% sobre a renda da bilheteria. Este percentual já foi de 12% e 15%.O evento, segundo o site da Universal, faz parte de uma caravana nacional da campanha “Driblando o Crack”, promovida pela “Força Jovem” da igreja. É esperado um público de 50 mil pessoas (a capacidade do Pacaembu é de 37 mil pessoas) e também a presença do próprio prefeito Gilberto Kassab. O vereador Souza Santos (sem partido), que já anunciou filiação ao PSD fundado por Kassab, é um dos principais articuladores da caravana na capital paulista.A Secretaria Municipal de Esportes informou que "quando o Santos apresentou interesse em realizar a partida no Pacaembu no dia 24 de setembro, o local já havia sido alugado para outro evento."RENDASMandar jogos no Pacaembu tem sido estratégia constante do presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, desde 2010. Neste ano, por exemplo, o Santos mandou todos os jogos decisivos da Libertadores no estádio paulistano, como contra o Once Caldas, da Colômbia, nas quartas-de-final; Cerro Porteño, do Paraguai, na semi-final; e Peñarol, do Uruguai, na final. Ao mandar os jogos em São Paulo, o Santos procura atender a torcida residente na Grande São Paulo e ainda faturar com a renda. Nessas três partidas da Libertadores, o público foi superior a 30 mil pagantes. Na final, por exemplo, o time arrecadou R$ 4,26 milhões.Na Vila Belmiro, as partidas do Santos não são sempre sinônimo de casas cheias. A renda é limitada primeiramente pela capacidade do Estádio Urbano Caldeira, já que apenas 15 mil ingressos em média são colocados à venda. A Vila recebe em média 8 mil pessoas. No último dia 24, em jogo realizado na Vila contra o Fluminense, o Santos lucrou R$ 156 mil com 6.255 pagantes. No Campeonato Brasileiro, os dois jogos realizados pelo Santos no Pacaembu, porém, também tiveram público baixo. Com os astros Neymar e Ganso servindo a seleção brasileira e com um time que demorava para engrenar na competição, o Santos levou apenas 5.912 pagantes no início de julho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.