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Prefeitura de São Paulo minimiza impasse na Arena Corinthians

Custo das estruturas provisórias do estádio de abertura da Copa ainda é alvo de discussão

Por Diego Salgado
Atualização:

SÃO PAULO - A prefeitura de São Paulo minimizou nesta segunda-feira o impasse em relação às estruturas complementares da Arena Corinthians. Segundo a vice-prefeita e coordenadora da secretaria da Copa do Mundo, Nádia Campeão, o poder municipal vem cumprindo com as suas atribuições e a conta, estimada em R$ 42 milhões, faz parte da gestão da autoridade do estádio. "Isso é pouco significativo perante do que já foi investido no estádio. O desafio maior já foi feito", afirmou em entrevista exclusiva ao Estadão.A vice-prefeita disse também que o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, tem assumido as suas responsabilidades durante toda a construção. "Não existem amadores neste processo. A Odebrecht e o Corinthians sabem o cronograma. Há responsabilidade e isso não vai mudar na reta final", disse Nádia, que ressaltou a concessão de áreas públicas feita pela prefeitura no entorno da arena. Nesses locais, serão erguidas as estruturas usadas nos seis jogos da Copa do Mundo em São Paulo, como áreas de hospitalidade, estacionamento, centro de voluntariado e espaço para pessoas que vão participar da cerimônia de abertura. Parte dessa estrutura estará localizada no pátio do metrô, além do espaço da Etec e Fatec. "A prefeitura e o governo do Estado examinaram e viram que era possível colaborar. A autoridade do estádio, a Fifa e o COL têm de se entender. Nossa parte está bem encaminhada", afirmou.Além disso, a coordenadora lembrou que a participação da prefeitura na construção do estádio de abertura da Copa também ocorreu por meio da emissão dos CIDs (Certificados de Incentivo de Desenvolvimento) - R$ 350 milhões de um montante de R$ 420 milhões já foram emitidos. "O que estava aprovado de participação da prefeitura está sendo cumprido", lembrou. De acordo com ela, o município ainda tem outras responsabilidades, como o plano de mobilidade e a organização da Fan Fest na cidade.No sábado, Andrés Sanchez mudou o discurso e admitiu pela primeira vez que as estruturas provisórias da arena serão pagas pelo clube, com a ajuda de parceiros. Para Nádia, há plenas condições para o êxito na operação, pois eles sabem que elementos podem acionar. A utilização de áreas do Itaquerão durante a Copa é uma das saídas. "Eles têm melhores condições de fazer isso. A arena pode explorar os espaços comerciais. O negócio gestão de futebol é com eles", disse a vice-prefeita, que exaltou a relação de confiança entre as partes e a postura do Corinthians durante a construção. "Não vejo nenhuma ameaça de que isso vai se alterar até a Copa", lembrou.

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