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Preparador físico alerta para o risco de lesões musculares na volta do futebol feminino

'É preciso aparar as arestas para deixar a máquina funcionando da melhor maneira possível', disse Rafael Winicki

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Por Raul Vitor
Atualização:

Como visto na volta do futebol masculino, os atletas estão sujeitos a inúmeras lesões. Essa mesma condição fará parte do restabelecimento do futebol feminino no Brasil, que teve seu pontapé inicial dado na quarta-feira. De acordo com o preparador físico Rafael Winicki, que trabalha com a meia-atacante Andressa Alves, da Roma, as atletas devem se atentar principalmente a lesões musculares.

"Acompanhamos a volta do futebol alemão, que foi um dos primeiros dos grandes centros a retornar, e teve um número alto de lesões musculares. Por mais que sejam feitos trabalhos de prevenção, nada se compara aos 90 minutos de um jogo em alta intensidade. A lesão muscular é a mais comum após uma paralisação como essa que tivemos, mas todos os profissionais estão atentos ao trabalho de prevenção", afirma Winicki.

Andressa Alves foi convocada por Pia Sundhage para jogos contra a Austrália Foto: Assessoria/CBF

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Para que esse tipo de lesão não ocorra, o preparador explica que as atletas devem tomar cuidado com regiões já lesionadas. "É preciso aparar as arestas para deixar a máquina funcionando da melhor maneira possível e, assim, evoluir a performance e prevenir a lesão", disse.

O preparador conta que este tipo de prevenção foi estabelecida nos treinos de Andressa, que deve voltar aos gramados na primeira semana de setembro. "Aproveitamos que o campeonato ainda não havia começado. Ela tinha menos sobrecarga de treino e jogo, e por isso conseguimos fazer alguns ajustes. Trabalhamos muito a parte de mobilidade e executamos exercícios preventivos também. Assim, poderemos evitar que ela tenha lesão muscular ao longo da temporada", revelou.

Winicki, que também é preparador físico de Diego Ribas, Everton Ribeiro, Rodrigo Caio, todos do Flamengo, e outros atletas do masculino, explica que não existem divergências entre os treinos de mulheres e homens no futebol.

"São gêneros diferentes, mas a demanda, a exigência, é a mesma. Em ambos atletas precisam de força, resistência, potência, velocidade... por uma questão natural de gênero, o masculino suporta uma sobrecarga maior de treinamento, mas o tipo de treino é o mesmo. O homem tem uma tendência maior na questão de força, a mulher na flexibilidade, isso é natural. No treinamento para o futebol, o treinamento é o mesmo, variando apenas na carga de trabalho para cada perfil", conclui.

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