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Presentes da CBF a cartolas são recolhidos depois de denúncia

Entidade brasileira pode ser multada ou penalizada por ter enviado os relógios aos 25 membros do Comitê Executivo da Fifa

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Por Redação
Atualização:

A CBF garante que recolheu todos os relógios que foram dados pela entidade como presentes para os cartolas da Fifa, na Copa do Mundo em junho. A decisão de devolver os presentes veio depois que um dos dirigentes denunciou o "incidente". Para a CBF, porém, o caso já está "encerrado". Neste fim de semana, a Fifa anunciou que está investigando presentes que a CBF deu a cartolas durante a Copa do Mundo, principalmente um relógio de luxo que cada dirigente encontrou em seu quarto de hotel quando chegou ao Rio de Janeiro. A entidade brasileira teria gasto quase R$ 1 milhão nesses presentes. A informação é de que o responsável pelo Comitê de Ética da Fifa, Michael Garcia, ordenará nesta semana que os cartolas devolvam os presentes, avaliados em milhares de euros. A CBF pode ainda ser multada ou penalizada por ter enviado os relógios aos 25 membros do Comitê Executivo da Fifa. 

O presidente da CBF, José Maria Marin, participou do encontro nesta segunda-feira Foto: Wilton Junior/Estadão

Os produtos eram da empresa Parmigiani, patrocinadora da CBF e desenhados com exclusividade para a Copa. Fontes próximas à CBF na Suíça confirmaram que a entidade deu os presentes, antes mesmo de o início da Copa. Os modelos foram fabricados com exclusividade pela companhia, em comemoração aos 100 anos da CBF. Mas um dos beneficiados pelo agrado denunciou o gesto que, de fato, está proibido pelo código de ética da Fifa. A CBF, então, decidiu recolher os relógios, alguns de mais de R$ 50 mil. Para a entidade brasileira presidida por José Maria Marin, a devolução dos produtos deve ser considerada e o caso está "encerrado". Na Fifa, a entidade insiste que uma decisão será tomada nesta semana. Mas o momento do anúncio do constrangimento sobre a CBF não é por acaso. Na sexta-feira, o presidente da entidade, Joseph Blatter, promove um seminário sobre Ética, num esforço de mostrar ao mundo de que é uma pessoa que combate a corrupção às vésperas da eleição para a presidência da entidade, em 2015. 

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