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Presidente do Vitória acusado de racismo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O goleiro Felipe, do Vitória, acusou o presidente do clube, Paulo Carneiro, de tê-lo chamado de "negro safado", "preto vagabundo" e "vendido". As ofensas raciais teriam sido feitas depois do jogo de sábado, em que o time baiano empatou com a Portuguesa e acabou rebaixado para a Série C, a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. O jogador prestou queixa de racismo contra o dirigente na 10ª Delegacia de Polícia de Salvador. Além disso, a esposa de Felipe, Gabriela, ainda acusou Paulo Carneiro de tê-la chamado de ?vagabunda e maria chuteira? - ela também prometeu processá-lo por calúnia e difamação. Segundo Felipe, Paulo Carneiro o acusou de ter recebido R$ 5 mil para ?entregar o jogo? e Gabriela foi ofendida quando tentou separar a briga do dirigente com o marido. "Ele falou que eu era um preto frouxo e eu vou mostrar a ele que eu posso até parar de jogar futebol, como ele disse que iria encerrar minha carreira, mas no Vitória eu não jogo mais", disse o goleiro de 21 anos. Na queixa registrada na 10ª DP, Felipe descreve que foi ofendido por Paulo Carneiro na frente de sua esposa, dos irmãos e do filho. A delegada encarregada do caso, Overanda Oliveira, espera agora ouvir os depoimentos do acusado e das testemunhas apontadas pelo jogador. Conhecido pelo estilo truculento, Paulo Carneiro comandava o Vitória há 16 anos. Mas vai deixar o clube após a fracassada campanha na Série B - o time baiano foi rebaixado pelo segundo ano seguido, depois de cair da primeira divisão do Brasileiro em 2004. Ele, inclusive, está sumido desde sábado e não foi encontrado para comentar a acusação de racismo feita pelo goleiro Felipe.

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