Figueredo sofre novo revés em suspeita de corrupção na Conmebol

Cartola está preso na Suíça e tem pedido de liberdade negado

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Por Redação
Atualização:

Preso na Suíça sob acusação de corrupção, Eugenio Figueredo sofreu novo revés no início desta semana ao ter negado recurso em outro caso de suspeita de irregularidades, em contratos de televisão da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Esta investigação não tem vínculo direto com o trabalho de apuração do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que causou a prisão do ex-presidente da Conmebol no dia 27 de maio, em Zurique.

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Nesta semana, um tribunal uruguaio, país de origem de Figueredo, rejeitou recurso dos seus advogados. Eles tentavam desqualificar o caso, alegando que os contratos foram assinados no Paraguai. O processo teve início quando oito clubes de primeira divisão e um sindicato de jogadores profissionais acusaram o dirigente do Uruguai, em dezembro de 2013, de corrupção na assinatura de contratos de televisão.

De acordo com clubes e atletas, Figueredo causou prejuízos econômicos às instituições e aos próprios jogadores ao optar por empresas que ofereceram menor valor pelos contratos de televisão da Conmebol. Segundo a denúncia, a empresa Global Sports, do uruguaio Francisco Casal, teria apresentado oferta maior que a argentina TyC Sports para transmitir edições da Libertadores e da Sul-Americana.

A TyC Sports pertence a Torneos y Competencias S.A., cujo presidente Alejandro Burzaco foi um dos indiciados pela justiça norte-americana na investigação que vem abalando a Fifa há duas semanas. Buzarco, que se entregou à Justiça nesta terça-feira, é acusado de pagar milhões de dólares em propina a dirigentes da Conmebol, entre eles o próprio Figueredo, para obter os direitos de transmissão de eventos, como a Copa América.

Figueredo foi presidente da Federação Uruguaia de Futebol entre 1997 e 2006, presidente da Conmebol entre maio de 2013 e agosto de 2014 e vice-presidente da Fifa.

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