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Príncipe Ali critica corte de ajuda financeira da Fifa para Conmebol e Concacaf

Jordaniano candidato à presidência da entidade lamenta a decisão pelo momento em que foi tomada e pela falta de transparência

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Por Redação
Atualização:

A decisão da Fifa de bloquear o financiamento para a Conmebol e a Concacaf, ambas envolvidas em caso de corrupção, foi criticada nesta quarta-feira pelo jordaniano príncipe Ali, candidato à presidência da entidade, pelo momento em que foi tomada e pela falta de transparência.

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"Quem decidiu realizar isso a pouco menos de três semanas antes da eleição e quem exatamente vai decidir quando o financiamento será retomado?", questionou Ali, em um comunicado.

Na última segunda-feira, a Fifa confirmou que decidiu suspender o financiamento de dado para Concacaf e Conmebol, que somam 45 das 209 federações que vão votar na eleição presidencial, em 26 de fevereiro.

Ali bin Al Hussein é candidato à presidência da Fifa Foto: Matt Dunham/ AP

Seis presidentes recentes da Concacaf ou da Conmebol, além de outros dirigentes de alto escalão, foram indiciados por acusações de suborno nos Estados Unidos. A Fifa disse que deseja "aumentar o nível de segurança" sobre como o dinheiro estava sendo gasto antes de liberar os fundos.

Nesta quarta-feira, o Comitê de Auditoria da Fifa ratificou que os pagamentos foram paralisados, destacando a revisão da "gestão de risco" dos bilhões de dólares dos gastos anuais da Fifa.

A comissão independente é presidida por Domenico Scala, que também esta à frente do comitê que monitora a eleição. "Quem decidiu que 45 federações-membro devem sofrer uma punição coletiva como resultado de ações ruins individuais?", questionou o príncipe Ali.

Na última semana, os membros da Conmebol e da União Caribenha de Futebol, que faz parte da Concacaf, declararam apoio a Gianni Infantino na eleição presidencial da Fifa.

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A questão financeira se tornou centro de promessas eleitorais. Infantino, secretário-geral da Uefa, declarou que os membros da Fifa devem receber US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões) durante o ciclo comercial de quatro anos da Copa do Mundo. O valor foi de US$ 2,05 milhões (R$ 8,07 milhões) no período do Mundial do Brasil, em 2014. Já o príncipe Ali estabeleceu uma meta de US$ 4 milhões (R$ 16 milhões) para quatro anos.

Infantino também prometeu mais dinheiro para as seis confederações continentais - US$ 40 milhões (R$ 160 milhões) pelos quatro anos - e novos recursos para os pequenos organismos regionais, que poderiam reivindicar uma média de US$ 1 milhão (R$ 4 milhões) por ano para organizar torneios de base.

O secretário-geral da Uefa é visto como principal rival do xeque bareinita Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol, em uma eleição que também conta com o francês Jerome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale, além do príncipe Ali.

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