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Punições por Copa do Catar ainda podem atingir Ricardo Teixeira

Decisão sobre suborno e compra de votos para a escolha do país árabe para o Mundial de 2022 será divulgada apenas em 2015

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Por Redação
Atualização:

A Fifa apenas anunciará punições contra cartolas por conta do escândalo da Copa do Catar de 2022 às vésperas da eleição na entidade, em 2015, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, ainda pode ser sancionado mesmo estando fora da entidade pelos últimos dois anos. Quem garante isso é o juiz alemão Hans Joaquim Eckert, que avalia os casos de corrupção da Fifa. 

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O juiz recebeu um informe de 200 mil páginas sobre o processo de seleção da sede da Copa de 2022, permeado por suspeitas de que o país árabe teria comprado votos na Fifa. Segundo ele, uma primeira avaliação estará concluída em novembro. Mas decisões contra cartolas somente seriam anunciadas a partir de abril de 2015 e ele garante que nem Joseph Blatter, presidente da Fifa, tem acesso às evidências. 

A data coincide com as eleições para a presidência da Fifa. Joseph Blatter, o atual chefe da entidade, concorrerá a mais um mandato e, diante da perspectiva de novas sanções, a corrida promete ser uma das mais polêmicas em anos. Michel Platini, presidente da Uefa, considerava apresentar sua candidatura, mas acabou desistindo. Para cartolas em Zurique, parte de sua decisão está relacionada com o fato de que Blatter ameaçou usar o caso do Catar para minar as chances do francês. Platini confessou que votou pelo país árabe para receber o Mundial de 2022.

Ricardo Teixeira é suspeito de envolvimento com negociador de propina do Catar Foto: Fabio Motta/Estadão

TEIXEIRA Eckart ainda confirmou que ex-membros do Comitê Executivo da Fifa que já tenham deixado a organização, mas que ainda recebam algum tipo de aposentadoria ou não tenham sido expulsos, podem ser alvo de medidas punitivas. 

Na prática, isso abre a possibilidade para que Teixeira, se ficar provado que teve algum tipo de envolvimento no caso do Catar, também sofra sanções. O brasileiro deixou a Fifa em 2012, quando também abandonou a CBF. Antes, ele confirmou que havia votado pelo Catar. 

Eckart, juiz de uma corte de Munique, afirma que está acostumado com casos dessas dimensões, mas admitiu que está sofrendo pressões e se recusou até mesmo a comentar se ele esteve com o Emir do Catar, que, na quinta-feira, visitou a Fifa. Questionado pelo Estado se o encontro ocorreu, apenas sorriu e disse: "não vou me pronunciar". 

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