Raí treinou bem, com muita velocidade, deu bons toques, deixou os companheiros na cara do gol, mas não joga neste domingo. ?Bem que ele podia dar essa força para a gente e ajudar a vencer o Liverpool?, diz Mineiro, sobre o convidado de honra da delegação do São Paulo no coletivo desta sexta-feira, em Yokohama. ?Foi só um rachão, deu para enganar um pouco. Se fosse para valer, eles acabavam comigo?, disse Raí, na volta ao hotel, depois do treino, distribuindo autógrafos a torcedores japoneses com a camisa do São Paulo. Todos se lembrando de 1992, quando Raí comandou o time na conquista de seu primeiro título mundial. Se tivesse Raí em forma, com certeza Paulo Autuori concretizaria seu desejo que vem desde a sua chegada ao clube, em abril: montar o time no 4-4-2, com dois meias. Sem Raí, a possibilidade de Souza entrar durante a partida é grande. Autuori gosta de seu futebol e, se for preciso, faz a mudança sem medo. Edcarlos daria o lugar. Sem Souza desde o início, ele mantém o time que venceu, com certo aperto, ao Al Ittihad na estréia do Mundial. Isso é o que se viu no treino desta sexta, fechado aos jornalistas em sua primeira hora. Autuori fez trabalhos táticos, buscou o aprimoramento do passe, treinou finalização e insistiu em jogadas que deseja ver concretizadas em campo. Os atacantes foram exigidos no auxílio da defesa, em jogadas pelo alto. Também trabalharam muito para impedir a saída de bola tranqüila da defesa. É um dos pontos em que Autuori mais tem trabalhado. Houve também treinamento de cobranças de pênaltis. Todos os jogadores participaram. Se houver pênalti durante o jogo, Amoroso será o encarregado. ?Eu tenho média de aproveitamento muito alta, assim como o Rogério Ceni. Ele bateu no primeiro jogo e garantiu que na final a vez seria minha. Estou pronto para cobrar?, diz Amoroso. Se houver decisão por pênaltis, além de Amoroso e Rogério Ceni, Aloísio, Cicinho e Danilo têm mais chances de bater.