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Real ganha do Barcelona e encosta

Por Agencia Estado
Atualização:

O Campeonato Espanhol voltou a pulsar. Graças ao Real Madrid, seus galácticos - Ronaldo, especialmente - e Vanderlei Luxemburgo. Uma combinação perfeita que levou o time a derrotar o Barcelona por 4 a 2, no eletrizante clássico deste domingo, no Santiago Bernabeu lotado com 75 mil pessoas. Um jogaço de se registrar na história. A diferença entre o Barça e Real caiu para seis pontos a sete rodadas do final. O campeonato está aberto e, apesar da boa vantagem do líder Barcelona, pode pender para o time de Madri, que tem seqüência de jogos mais fáceis que o rival. "Eles continuam com a vantagem e dependem de si para ganhar a Liga. Nós temos que seguir assim, vencendo os jogos, para ficarmos próximos deles. Se o Barça tivesse vencido hoje, se acabava a Liga", disse Luxemburgo. Tem razão o treinador brasileiro. A vantagem ainda é do Barça, mas a vitória do Real deixou ainda mais aceso o campeonato. E tudo começou com a aposta de Luxemburgo na armação do esquema tático. Ele observou que, na derrota para o Chelsea (Liga dos Campeões) e empate com o Betis (Espanhol), o Barcelona era vulnerável aos contra-ataques e no jogo aéreo. Assim, Luxemburgo entrou com o rápido Owen no lugar de Figo e recuou Raúl. Ronaldo e Owen deveriam abrir pelas pontas, atrair a marcação. Zidane e Beckham seriam leais parceiros de Gravesen na marcação. Com esta postura, o Real não correu grandes riscos e chamou o Barça para o seu campo. Menos de 20 minutos, já vencia por 2 a 0 - gols de Zidane e Ronaldo no jogo aéreo. O Barcelona, bem marcado, só tinha uma alternativa: explorar os espaços no setor de Roberto Carlos. Por ali, deu trabalho e conseguiu o primeiro gol com Eto?o ainda na etapa inicial. No contra-ataque de Roberto Carlos, outra aposta de Luxemburgo, Raúl marcou o terceiro do Real, já nos acréscimos do primeiro tempo. No segundo tempo, o Barça partiu com tudo. O jogo ficou nervoso e repleto de lances de gols. Owen, em um contra-ataque, fez o quarto, aos 19 minutos. Ronaldinho Gaúcho diminuiu, aos 28, mas já era tarde. O Real era o dono do clássico, para felicidade geral no Santiago Bernabeu. E até Ronaldo voltou a sorrir. "Eu precisava do gol. Quebrei a má fase com um gol de cabeça, coisa rara para mim", disse o atacante brasileiro, que não marcava um gol há 37 dias na Liga. "O Real jogou com coração, mas a vantagem ainda é nossa", concluiu Rijkaard, técnico do Barcelona.

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