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Reforma no Morumbi no papel, ainda sem investidores

Com prazo já apertado e sem definição de custo, o São Paulo ainda busca recursos para obra da Copa 2014

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Por Andre Rigue
Atualização:

O grande sonho da diretoria do São Paulo é que a abertura da Copa do Mundo de 2014 aconteça no Morumbi. Para isso, o clube diz ter idealizado um projeto para deixar o estádio dentro dos padrões da Fifa. O engenheiro responsável pelo projeto é Ruy Ohtake, que expôs os principais pontos da reforma durante debate promovido pelo Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), realizado na terça-feira. Por enquanto, porém, tudo está no papel. O time tricolor ainda busca investidores e o prazo para começar a reforma está apertado: é no final deste ano. Veja também:  'Estádio da Copa será o Morumbi', diz presidente da SP Turismo  Assista ao vídeo do projeto de reforma do estádio são-paulino Atualmente com 75 mil lugares, o Morumbi terá a capacidade reduzida em 2014 para 62 mil torcedores. Novas instalações para receber a imprensa e membros da Fifa serão efetuadas nos interiores do estádio. O ponto principal da reforma, no entanto, é a cobertura. "Como o estádio já tem uma estrutura pronta, construiríamos quatro grandes pilares ao redor para sustentar a cobertura, que seria feita de ETFE [fluoporímetro, ou parte nobre do plástico], um material que é como teflon, o mesmo utilizado na Alianz Arena [estádio do Bayern de Munique, da Alemanha]", explica Ohtake. De acordo com o engenheiro, as reformas no Morumbi já começaram. "No momento, são obras menores. A parte principal, da cobertura e da mudança das arquibancadas ficariam para 2011. Nosso cronograma tem mais de cinco anos." As autoridades de São Paulo mostraram interesse em receber o jogo de abertura. Mas a partida inicial ainda depende da escolha da Fifa. Outras duas cidades demonstraram interesse: Brasília e Belo Horizonte. O único estádio que comportaria uma abertura em São Paulo é o Morumbi. A Arena Palestra Itália, que terá capacidade para 42 mil torcedores, deve ser utilizada apenas para jogos da primeira fase e algumas partidas do mata-mata. SONHO OU PESADELO? Apesar do otimismo dos são-paulinos, a reforma do Morumbi pode não acontecer. O clube busca parceiros para bancar a obra - o São Paulo sequer sabe o preço total, segundo Ohtake. O presidente Juvenal Juvêncio conversa com três possíveis investidores. Se a cidade de São Paulo não receber a partida de abertura, os recursos para as obras no Morumbi podem ficar ainda mais difíceis de serem captados. A prefeitura e o governo do Estado já adiantaram que não investirão dinheiro público. O presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Caio Luiz de Carvalho, disse que o São Paulo precisa apresentar uma definição. "Até agora vimos muitos projetos, mas nada de concreto. Os interessados em receber os jogos precisam de investidores". METRÔ Atualmente, muitos torcedores reclamam da falta de opções no transporte público para se chegar ao Morumbi. A partir de 2012, o governo deve inaugurar a estação de metrô São Paulo/Morumbi, que ficará a cerca de 1,1 km do campo - dentro dos padrões da Fifa. Pelo projeto, o São Paulo também pretendia construir um estacionamento vertical para mais de quatro mil carros, mas Luiz de Carvalho afirmou que o governo não investirá. "O estacionamento é dispensável, já que teremos o metrô."

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