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Regime semiaberto já é realidade, diz advogado de Edinho

Entre idas e vindas desde 2005, ex-atleta está perto de completar 1/6 da pena e pode pedir mudança de regime

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Por Gonçalo Junior
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Edinho está completando oito meses em seu quinto período de prisão. Entre idas e vindas desde 2005, ele está perto de cumprir 1/6 da pena de 12 anos e dez meses. Esse número é importante na visão dos advogados do ex-jogador e filho de Pelé. Depois de completar a sexta parte da pena, Edinho pode solicitar a progressão do regime fechado (o preso não pode sair da cadeia) para o semiaberto (o preso pode sair para trabalhar e estudar durante o dia, mas tem de voltar à noite). Os defensores estão otimistas e afirmam que ele poderá ser beneficiado nos próximos meses.

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“Edinho tem totais condições de ser progredido (do fechado para o semiaberto). Só existe um entrave na execução penal dele relacionado à falta de documentação. Logo após a Páscoa, deve ser expedida a carta de guia. Assim que ela for autuada, a petição já está pronta. Vamos ingressar com o pedido de semiliberdade”, garante o advogado Eugênio Malavasi.

Edinho está completando oito meses em seu quinto período de prisão Foto: Divulgação

Edinho reafirma inocência. Ele repete o que afirmou ao Estado no ano passado, quando treinava a equipe do Tricordiano, em seu último trabalho antes de ser preso. O filho de Pelé se sente injustiçado e diz que não cometeu crime de lavagem de dinheiro. “Eu tenho a consciência tranquila da minha total inocência em relação às acusações que foram feitas”, disse ao repórter em janeiro de 2017.

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Edinho foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Ronaldo Duarte Barsott, o Naldinho, na Baixada Santista. Sua pena foi de 33 anos e quatro meses de prisão.

Ele chegou a ser preso, mas depois de seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). Edinho permaneceu em liberdade, alternando idas e vindas à cadeia, por ser possível a apresentação de recursos. No dia 23 de fevereiro de 2017, a 14.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça (SP) confirmou a condenação, mas reduziu a pena para 12 anos e dez meses, em regime fechado. Edinho foi obrigado a se apresentar. Foi detido em julho do ano passado, após a 14.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidir por rejeitar as apelações da defesa. Desde então, está preso.

Malavasi nega que o ministro Gilmar Mendes tenha negado novo pedido de habeas corpus no mês de fevereiro e aguarda a decisão do colegiado. “Oportuno aguardar a chegada das informações solicitadas pelo STJ, o qual terá plena condição de realizar melhor análise do caso”, concluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal.

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