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Relação de amor e ódio com Valdivia ganha capítulos decisivos

Meia é decisivo para o Palmeiras, mas pouco joga; chileno é o que melhor recebe no clube, com ganhos de R$ 500 mil mensais

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Por Ciro Campos e Daniel Batista
Atualização:

Poucos jogadores na história do Palmeiras causam tanta discussão quanto Valdivia. O meia, amado por uns e odiado por outros, teve mais uma temporada em que pôde colaborar em qualidade, mas não em quantidade de jogos com a equipe. A diferença é que seu contrato está próximo de chegar ao fim – se encerra em agosto do ano que vem - e o futuro do chileno é uma das grandes incógnitas do clube para 2015.

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Ele foi o melhor jogador do time na partida contra o Atlético-PR, e estava visivelmente sem condições físicas. O Palmeiras é mais forte com ele em campo. E isso pesa numa transação. Nesta reta final do Brasileirão, nos jogos em que o Palmeiras teve a oportunidade de contar com Valdivia, o torcedor sentia-se mais confiante e acreditava em uma atuação, pelo menos, digna. Sem ele, era um sofrimento só. Essa dependência ao futebol do meia fez com que o presidente Paulo Nobre mudasse de opinião sobre o jogador. Valdivia sempre foi considerado um atleta de custo-benefício ruim, já que sua contratação foi bem cara, o salário é o maior do elenco, cerca de R$ 500 mil, mas ele não consegue jogar tanto quanto se espera dele.

Por isso, o dirigente quis e tentou negociar Valdivia, além de deixar claro que nenhum jogador é inegociável e que estava aberto a ouvir qualquer proposta que pudesse ser vantajosa para o Palmeiras. O dirigente deu carta branca para o chileno deixar o clube no meio do ano, quando Valdivia foi para o Al Fujairah, dos Emirados Árabes, chegou a posar com diretores e camisa do clube árabe e, surpreendentemente, depois de semanas de férias na Disney, retornou ao Brasil sem saber explicar o que aconteceu e por que o negócio não deu certo.

O fato é que o retorno, que poderia ser considerado um fracasso para a diretoria palmeirense, acabou sendo uma salvação. Por isso, são altas as chances de Valdivia renovar contrato e, quem sabe, encerrar a carreira no clube. Em relação à vontade dos envolvidos, tanto o chileno quanto Nobre mudam de ideia com frequência.

Atualmente, os dois lados entendem que renovar o contrato seria uma boa escolha. Entretanto, o chileno está liberado para procurar clubes e se conseguir boa proposta para o Palmeiras e para ele, pode sair. A decisão de ficar ou não com Valdivia não ficará à cargo do novo diretor de futebol ou técnico para o ano que vem. Tudo vai depender das vontades de Paulo Nobre e do próprio jogador, que, quando voltarem das férias, sentarão para conversar e discutir o futuro.

Neste período, o Palmeiras vai tentar a difícil missão de encontrar algum jogador que possa suprir a ausência do jogador tanto tecnicamente quanto no coração dos torcedores, que por mais que se irritem com algumas atitudes do craque, acabam por ceder e cultuar o chileno, indiscutível o melhor jogador do time.

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