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Relembre as principais polêmicas envolvendo a organização da Copa América

Reviravoltas ao longo de mais de um ano impediram a realização do torneio na Colômbia e na Argentina

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Por Redação
Atualização:

O anúncio feito pela Conmebol na segunda-feira de que a Copa América será realizada no Brasil é mais um capítulo de um torneio marcado por idas e vindas. Um ano após o adiamento por causa da pandemia de covid-19 e depois de reviravoltas que impediram sua realização na Colômbia e Argentina, como previsto originalmente, o Brasil surgiu como alternativa à Conmebol.

Estadão relembra as principais polêmicas envolvendo a Copa América. Veja abaixo:

Manifestantes se reuniram em Bogotá para protesto contra a Copa América Foto: Nathalia Angarita/ Reuters

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Março de 2020 A Conmebol adiou por um ano a realização da 47ª edição da Copa América, devido à “evolução global e regional do coronavírus”. Uma decisão em linha com o adiamento da Eurocopa. Naquela época, o covid-19 estava atingindo com força a Europa e os primeiros grandes surtos estavam começando a surgir na América do Sul.

Fevereiro de 2021 A pandemia deixou o torneio sem seus dois convidados. Tanto o Catar quanto a Austrália anunciaram que desistiram da competição citando problemas de calendário e em meio ao avanço de uma pandemia de coronavírus.

20 de maio Imersa em uma profunda crise social, com dezenas de mortos, a Colômbia pediu no dia 20 de maio o adiamento da realização da Copa - prevista para começar em 13 de junho - até "o final deste ano". Enquanto fortes distúrbios atingem Bogotá, Medellín e Cali, planejadas como sedes do torneio, o governo colombiano solicitou a mudança de data para "realizar este evento da melhor maneira possível com os torcedores nos estádios". A Conmebol respondeu imediatamente ao pedido da Colômbia, vetando o adiamento do torneio e tirou a co-organização do centenário campeonato sul-americano de seleções.

A entidade não deu ouvidos ao pedido dos colombianos para adiar a competição pela segunda vez e anunciou que ele seria realizado apenas na Argentina.

30 de maio Na noite deste domingo, a Conmebol anunciou através de suas redes sociais que a Argentina não seria mais sede da Copa América. A Conmebol informou que outros países se candidataram a ser sede da Copa América e analisaria as opções.

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Entre as exigências do governo argentino à Conmebol para receber o torneio estava a redução do número de integrantes das delegações. As dez seleções participantes do torneio levariam entre 1 mil e 1,2 pessoas ao país. Representantes da Conmebol chegaram até a inspecionar estádios nos últimos dias na Argentina em caso de acréscimo de sedes para os jogos originalmente programados para a Colômbia.

A Argentina está passando por um momento crítico da pandemia com mais de 75 mil mortes por covid-19 e de 3,6 milhões de infecções em 45 milhões de habitantes.

31 de maio Em meio a uma onda de boatos que colocavam o torneio no Chile, nos Estados Unidos e até no Catar, a Conmebol surpreendeu na segunda-feira ao definir o Brasil como sede. Com mais de 450.000 mortes e 16,5 milhões de casos de covid-19, o Brasil não estava no mapa dos torcedores para receber a Copa América, dois anos depois de sediar a última edição do evento (2019).

O atual campeão do torneio terá agora a responsabilidade de sediar uma nova edição da Copa em meio à pandemia, completando assim uma sequência inigualável de grandes eventos que começou em 2014 com a organização da Copa do Mundo de Futebol, seguida pelos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro e a própria Copa América em 2019.

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