PUBLICIDADE

Publicidade

Renato, de marcador a artilheiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Com nove gols marcados na temporada, o volante Renato divide a vice-artilharia do Santos com o zagueiro Alex e está apenas um gol atrás de Elano. Nem por isso, entretanto, o jogador sonha em chegar á artilharia. "Primeiro, tenho que fazer a minha função, que é marcar", disse ele, que ganha liberdade para chegar ao ataque quando as condições do jogo permitem. E foi assim que ele marcou dois na goleada de 5 a 2 contra o Criciúma, sábado passado. "O professor me dá liberdade para atacar e estou sendo feliz na marcação de gols, mas meu objetivo é sempre de ajudar a equipe, com gols ou fazendo o trabalho no meio-de-campo", comentou Renato. Foi justamente esse trabalho eficiente que levou o técnico Parreira a chamá-lo pela primeira vez para defender a seleção, tendo entrado nas duas partidas disputadas até aqui pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. "Procuro sempre me antecipar à jogada, roubando a bola antes que ela chegue ao adversário". Essa é a forma que encontra para fugir dos cartões amarelos e cumprir sua função. "É muito ruim desfalcar o time por causa dos cartões e tenho evitado ao máximo, sem prejudicar a equipe com esse comportamento", comentou o disciplinado jogador, que só foi advertido duas vezes com o cartão amarelo nas 51 partidas que disputou este ano. Seu temperamento pacato, de quem nunca perde a calma levou-o a ganhar a faixa de capitão. Numa partida que Paulo Almeida não jogou por estar servindo a seleção sub-23, Renato foi o escolhido para comandar o time dentro de campo. Era um momento em que o capitão estava demonstrando muito nervosismo durante as partidas, especialmente contra a arbitragem. Numa dessas vezes, no jogo final da Libertadores contra o Boca Juniors, Paulo Almeida chegou a pegar o cartão amarelo da mão do juiz e levantou-o, advertindo o árbitro. Foi um gesto inusitado, que acabou sendo levado na conta de uma brincadeira, não rendendo a ele qualquer punição. Mesmo vivendo um grande momento em sua carreira, iniciado no ano passado com a chegada do técnico Emerson leão à Vila Belmiro e que o levou à seleção brasileira, Renato não perde a humildade. "Jogar na seleção sempre foi um sonho e a experiência e a convivência com os grandes nomes do nosso futebol que tive foram muito importante para minha carreira profissional".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.