Renúncia de integrante de comissão põe reforma da Fifa em xeque

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Por Redação
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Uma influente integrante do comitê que assessora o processo de reformas na Fifa deixou o cargo acusando a entidade de não estar realmente empenhada em ser mais transparente. Alexandra Wrage, que participava do comitê independente de governança da Fia (CGI), criado para assessorar a organização após casos de corrupção, disse à Reuters que sua permanência não fazia mais sentido. A Fifa não se pronunciou. "Todos nós trabalhamos para sermos efetivos", disse Wrage à Reuters nesta segunda-feira. "Quando você não consegue ter um impacto, ou chegou a uma posição em que não acredita que possa ter um impacto, você passa para coisas onde possa (ter esse impacto). Eu não estava tendo impacto sobre a governança da Fifa." Segundo ela, a resposta da Fifa às recomendações da comissão foi "francamente de tirar o fôlego". Sua renúncia não é uma surpresa completa, já que neste mês o presidente da CGI, Mark Pieth, declarou publicamente que o grupo estava enfrentando empecilhos da própria Fifa. A canadense Wrage disse que, após o apoio inicial a algumas propostas da CGI, ela ficou com a impressão, a julgar por declarações públicas, de que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, não estava comprometido com reformas mais sérias e detalhadas. "Acho que Blatter passou a mensagem errada de que o processo de reformas está terminando, que a missão foi cumprida e que eles podem se declarar reformados." (Reportagem de Simon Evans)

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