Reunião para tentar salvar o futebol

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise pela qual passa o futebol brasileiro poderá levar o governo a intervir no setor, principalmente no controle de questões polêmicas como a venda de passe de atletas e a definição do calendário de competições nacionais. A possível intervenção começa a ser discutida nesta terça-feira, num encontro em Brasília, que deverá reunir representantes do Ministério do Esporte e Turismo, da Confederação Brasileira de Futebol, como o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, do Clube dos Treze, além do ex-presidente da Fifa, João Havelange, e ex-atletas, como Pelé. O encontro dos ex-desafetos Teixeira e Pelé - agora próximos - deve ser uma atração à parte. O encontro contará ainda com a presença do ministro da Justiça, José Gregori, e do advogado geral da União, Gilmar Mendes. A idéia do governo é utilizar a Lei do Passe, que entra em vigor dia 26, para exercer um controle maior sobre o futebol, como anunciou o ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles. "Essa reunião é decisiva para a reestruturação e o reordenamento do futebol." Entre as medidas que deverão ser debatidas estão o adiamento, por até um ano, da entrada em vigor da Lei do Passe, o retorno de propostas excluídas da lei, como a necessidade de um clube tornar-se empresa, a intermediação de empresários na venda e compra de passes de jogadores e a segurança nos estádios. Com isso, o governo pretende exercer um maior controle sobre os clubes. Carlos Melles garante, porém, que as propostas só serão efetivadas se tiverem o apoio incondicional de dirigentes e entidades esportivas. Para isso, o Ministério do Esporte e Turismo fará debates com a sociedade. Pelé também é favorável as mudanças na lei de sua autoria. Para ele, a duração do primeiro contrato entre clube e jogador formado pela agremiação, que hoje é de dois anos, deveria passar para três ou quatro anos. Após esse período, o atleta teria então o passe livre.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.