PUBLICIDADE

Publicidade

Revanche contra o México motiva Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Os jogadores e a comissão técnica da seleção terão pela frente o adversário que queriam na final da Copa Ouro. Desde que terminou o jogo de estréia na competição, que o Brasil perdeu por 1 a 0, todos vinham comentando na concentração que esperavam poder encontrar os mexicanos na decisão do título para corrigir a injustiça que foi aquela derrota. No domingo, ao meio-dia (14 horas no horário de Brasília), no estádio Azteca lotado, os brasileiros terão a chance de concretizar a vingança com que tanto sonharam. E com a vontade que os meninos estão, é bom o México se cuidar. "A gente queria mesmo jogar de novo contra eles, para mostrar que o resultado da primeira partida não foi justo. Sabemos que será uma partida difícil e que teremos de jogar num ritmo mais lento do que mostramos em Miami, mas estamos confiantes", disse o volante Júlio Baptista. Diego foi ainda mais claro. "Ficou um gosto amargo daquela derrota. Jogamos muito melhor, criamos várias chances e eles fizeram o gol na única oportunidade que tiveram. Queremos dar o troco neles", avisou o meia do Santos. O técnico Ricardo Gomes também gostou de saber que México é o outro finalista. Ele está revoltado com as facilidades que foram oferecidas aos donos da casa ao longo da competição e acha que o título só não será do Brasil se a altitude e o sol forte do meio-dia travarem os meninos. "Se o time do México jogasse contra nós ao nível do mar, em Miami, não via a cor da bola. Mas não via mesmo. Eles são inferiores aos Estados Unidos, mas contam com a altitude para ajudá-los e ainda colocam o jogo ao meio-dia. Mas tudo bem, confio muito no talento e na vontade dessa molecada", afirmou o treinador brasileiro. A seleção mexicana foi a única das que passaram da primeira fase que não precisou se deslocar para jogar. Desde a estréia, todos os seus jogos foram no estádio Azteca. Enfrentou o Brasil ao meio-dia na primeira rodada, descansou quatro dias e entrou em campo para enfrentar Honduras sabendo que até uma derrota por 2 a 1 a colocaria nas quartas-de-final. Depois, jogou contra a Jamaica ao meio-dia, descansou outros quatro dias antes de bater a Costa Rica por 2 a 0 e agora pegará o Brasil novamente às 12h. "O México é o paxá da competição, tudo foi feito para ajudá-lo. Até os Estados Unidos, que também jogavam em casa, tiveram de viajar (saíram de Boston e foram para Miami enfrentar o Brasil, onde encontraram um estádio dominado por camisas amarelas). A altitude é fundamental para eles, porque sabem que ninguém tem tempo de fazer 21 dias de preparação para jogar lá, como manda o figurino. Isso dá raiva", explicou Ricardo Gomes. O que também dá raiva no treinador, segundo suas próprias palavras, é não ter controle nenhum sobre os efeitos que a altitude de 2.300 m da capital mexicana pode ter sobre os jogadores. "Por mais que a gente estude, por mais que tome precauções, ninguém pode garantir nada. Não dá para prever como será a reação de cada jogador. O Diego, por exemplo, disse que se sentiu bem quando jogou com o Santos contra o Cruz Azul, mas que cansou muito contra o México e Honduras. De repente, o Júlio Baptista, que é um touro, pode sentir alguma coisa e ficar fora. É uma situação complicada." Pelo que viu do México até agora, o que mais preocupa o técnico brasileiro são os cruzamentos altos para Jared Borgetti - autor, de cabeça, do gol contra o Brasil na primeira rodada. Estádio lotado? Quanto a isso, Ricardo Gomes está tranqüilo. "Os moleques já mostraram que não se intimidam nunca, em nenhuma circunstância. E eles estão babando de vontade de ganhar o título."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.