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Ricardo Teixeira será alvo de protesto em sorteio da Copa 2014 no Rio

Manifestação de torcedores está programada para este sábado na Marina da Glória

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Por Tiago Rogero
Atualização:

RIO - Uma manifestação de torcedores, movimentos sociais e associações de moradores será realizada neste sábado no Rio, dia do sorteio de grupos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, às 15 horas, na Marina da Glória, na zona sul da cidade. Em uma passeata com destino ao local do evento, o Comitê Popular da Copa e da Olimpíada irá protestar contra as remoções de moradores para obras das competições, e a Frente Nacional de Torcedores pedirá a saída do presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial, Ricardo Teixeira.Nesta sexta-feira, as entidades convocaram uma entrevista coletiva para expor as reivindicações. "Queremos a inclusão de todos os moradores nos benefícios que virão com as duas competições e, definitivamente, um legado diferente do que foi deixado pelo Pan de 2007", disse Inalva Brito, uma das organizadoras da manifestação e moradora da Vila Autódromo, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, que é uma área ameaçada de remoção.Segundo ela, entre 20 e 25 mil pessoas devem ser removidas até 2016 na cidade. "Muitas famílias estão sendo levadas para locais completamente dominados pela milícia, como Cosmos, na zona oeste", disse o representante da Central de Movimentos Populares (CMP-Rio), Marcelo Edmundo. A concentração para a passeata será no Largo do Machado, na zona sul, às 10 horas.Uma faixa com os dizeres 'Fora Ricardo Teixeira' será levada pelos manifestantes. "Não há mais espaço para pessoas autoritárias no espaço democrático em que vivemos. Também defendemos uma investigação sobre o que acontece na CBF", disse o presidente da entidade denominada Frente Nacional de Torcedores, João Marques.O representante da CMP-Rio afirmou que os movimentos não se opõem à realização dos jogos. "Apenas acreditamos que é uma oportunidade de repensar as cidades para que todos possam viver com dignidade e tenham seus direitos respeitados", afirmou.

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