22 de novembro de 2012 | 20h30
SÃO PAULO - Acostumado com os holofotes e declarações folclóricas, o vice-presidente Roberto Frizzo está esquecido no Palmeiras. O homem que até pouco tempo atrás era o braço direito do presidente Arnaldo Tirone e batia de frente com Luiz Felipe Scolari, hoje é um mero objeto decorativo na bagunçada diretoria alviverde, e embora seja do futebol tem mandado menos na área do que o diretor jurídico e o financeiro.
O futebol hoje é gerido pelo gerente de futebol, César Sampaio, pelo diretor jurídico, Piraci Oliveira e pelo financeiro, Antônio Henrique Silva. Frizzo só aparece em algumas reuniões, como na realizada na última terça-feira, entre os candidatos à presidência e Arnaldo Tirone, mas não tem decidido nada.
Vai com certa frequência ao clube, como sempre fez, e tem evitado exposição excessiva, ainda receoso de possíveis ataques de torcedores mais exaltados. Seu restaurante já foi depredado por vândalos, após uma derrota para o Corinthians.
Sempre solícito para entrevistas, resolveu se esconder e manter-se em silêncio. Sabe que qualquer declaração equivocada pode se virar contra ele. Além disso, ele se recupera de um problema de saúde que o fez perder peso recentemente.
Desde a chegada de César Sampaio, em novembro do ano passado, Frizzo perdeu um pouco de sua força, mas continuava a ser bastante ouvido por Arnaldo Tirone. Após a saída de Felipão, acreditou-se que ele voltaria a ganhar espaço, mas o efeito foi contrário.
A pressão dos torcedores e os movimentos políticos fizeram com que ele fosse deixado de lado. No dia a dia do CT, aparece quase todos os dias, mas sem muito alarde. Raramente vai ao vestiário conversar com os jogadores e hoje tem muito mais observado do que falado. Afinal, suas palavras serão ignoradas por boa parte dos palmeirenses.
Roberto Frizzo e Mário Giannini são os atuais vices de Tirone. Edvaldo Frasson e Walter Munhoz também faziam parte da equipe, mas pediram afastamento para cuidar de seus negócios particulares. Frizzo foi pressionado a fazer o mesmo, mas não cedeu à pressão. No fim, acabou sendo afastado informalmente e termina seu mandato sem deixar saudades.
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