PUBLICIDADE

Publicidade

Robgol agradece chance de jogar no Santos

Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico Leão cansou de ver seus atacantes perdendo gols e fez uma aposta num centroavante que tem gol até no apelido: Robgol. O jogador, um dos destaques do Paysandu na temporada passada, é desconhecido no futebol paulista, chegou bem acima do peso normal após passagem pelo Japão e trabalha duro para estar em forma no dia 21 - estréia do Santos no Paulista. Aos 34 anos, Robgol não quer perder aquela que considera a maior oportunidade de sua carreira. "É um presente de Deus, que recebi na noite de Natal, poder disputar o Paulista, a Libertadores e o Brasileiro pelo Santos", avisa. A idade não tem pesado para Robgol, que espera jogar por mais quatro anos. "Com a condição atlética que tenho, que é natural para mim, dá para jogar até os 38." Na vida regrada estaria o segredo. "Gosto de estar com a família, ver televisão. Sou uma pessoa simples e tranqüila." Casado com Daiane, grávida de uma menina, Robgol tem um filho de 4 anos. "Ele (Rafael) já dá uns chutinhos, vamos ver no que vai dar." Apesar da fama de vaidoso - posou para fotos em frente a um espelho, arrumando os cabelos -, Robgol garante que ela não procede: "Sou largado, minha mulher é que fica me arrumando." O jogador se incorporou na segunda-feira ao elenco santista e ainda não teve um contato direto com Robinho, Diego e companhia, convocados por Ricardo Gomes para disputar o Pré-Olímpico. E não esconde a ansiedade em conhecê-los: "Dizem que são muito brincalhões, que mexem com todo mundo. Quero ver isso, pois acho legal." Robgol diz ter saudade das peladas que ele e sua turma disputavam todos os dias, de manhã e à tarde, religiosamente, em Barra do São Miguel, Paraíba. Nessa época, já jogava no ataque e escolhia os companheiro de time. "Eu e um amigo, que éramos os melhores, escolhíamos os jogadores." Outros pontos pesavam para sua ascendência: o campo pertencia a sua família e a bola era dele. De sua turma, só ele se tornou profissional, no Náutico, com 19 anos. Mas tudo começou para valer em 95, quando jogou pelo Maranhão e foi artilheiro e campeão estadual. De volta ao Náutico, no ano seguinte, foi artilheiro pernambucano. Num clássico contra o Santa Cruz, ganhou o apelido. "Vencemos o jogo, fiz os dois gols e a torcida começou a me chamar de Robgol, pois naquele momento tinha o Batistuta, que era o Batgol. Foi muito bom, mas a responsabilidade aumentou a cada gol e minha carreira deu um pulo muito bom a partir de então." Passou duas vezes pelo Botafogo do Rio, sem emplacar. Teve passagem pelo Inter, mas ficou pouco, porque teve de operar o joelho. Em 2000, jogou pelo Santa Cruz no Brasileiro e marcou 12 dos 16 gols marcados pelo time. No ano seguinte, foi campeão baiano e do Nordeste pelo Bahia. E em 2002 e 2003 jogou pelo Paysandu. Em todos os clubes, deixou a marca de artilheiro. Deixou o clube paraense, no final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro do ano passado e jogou alguns meses no Japão. "Lá foi complicado, pois o técnico me escalou nos dois primeiros jogos e depois me deixou no banco." Mesmo assim, marcou seis gols. No Santos, ele espera que não seja diferente. "Quero fazer os gols que costumo fazer e aqui pode ser até mais fácil, pela qualidade técnica e ofensividade do time."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.