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Robinho desafia Ronaldo na publicidade

Por Agencia Estado
Atualização:

Robinho é o maior fenômeno de marketing do futebol brasileiro na atualidade e caminha para ser um dos maiores do mundo em pouco tempo. As empresas, é claro, já perceberam isso. A Vivo, que aparece entre as principais operadoras de telefonia celular do planeta, resolveu convidá-lo para ser seu garoto-propaganda e concorrer diretamente com Ronaldo, o personagem número 1 dos comerciais da TIM, também do ramo de celulares. A Agência Estado apurou que a proposta da Vivo foi encaminhada recentemente ao empresário de Robinho, Wagner Ribeiro, e que as negociações estão avançadas. Wagner Ribeiro não gostaria de tornar o caso público, mas acabou confirmando o fato. "Realmente a Vivo nos procurou, estamos conversando", limitou-se a dizer. O contrato tem 16 páginas e prevê o pagamento de R$ 750 mil por cada ano de vínculo. O período do acerto não foi definido ainda. O acordo só não foi firmado até agora porque Robinho pode ser extremamente valorizado caso se transfira nas próximas semanas para o Real Madrid. Por isso, Wagner Ribeiro e os pais do atleta, Gilvan e Marina de Souza, vão esperar mais algum tempo para bater o martelo. Sabem que a quantia pode se multiplicar. A Vivo resolveu entrar no futebol neste ano e tornou-se também a patrocinadora da seleção brasileira. Robinho seria, sem dúvida, um garoto-propaganda de peso, com nível para concorrer em igualdade de condições com Ronaldo. É, de longe, o maior ídolo do esporte no Brasil hoje. "O Robinho é uma grande referência para as crianças, para o torcedor", admitiu o técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira. Sua imagem é capaz de proezas até pouco tempo atrás inimagináveis. O maior exemplo apareceu nas últimas semanas. Robinho acertou com a Rayovac, multinacional norte-americana que comercializa pilhas, por dois anos, para ganhar cerca de R$ 700 mil por cada temporada. Detalhe: seu companheiro dos comerciais, Pelé, recebe cota menor. A Rayovac voltou a agir forte nas estratégias de marketing no futebol, algo que havia deixado de lado nos últimos anos. E elegeu para astros de seus anúncios o maior craque do passado e um dos maiores do presente. O fenômeno Robinho não pára por aí. As duas maiores empresas de material esportivo do mundo também brigam pelo atacante: a Nike, dos Estados Unidos, e a Adidas, da Alemanha. A Nike lhe paga US$ 120 mil por ano de contrato, que vai até 2006. E pretende prorrogá-lo, mas não está fácil. Robinho quer considerável reajuste, pois não pára de crescer no futebol e vem sendo seduzido pela Adidas. "A intenção do Robinho é continuar com a Nike, mas ele é profissional", afirmou Wagner Ribeiro. Afinal, a oferta da Adidas é maior. Somando os acordos publicitários ao salário no Santos, Robinho não precisaria deixar o Brasil para se realizar financeiramente, embora na Europa os valores sejam bem maiores. Sua idéia, porém, é evoluir profissionalmente e a transferência para o exterior o aproximaria bastante de seus objetivos. Um deles é o título de melhor do mundo, tarefa quase impossível de ser alcançada por jogadores que atuam na América do Sul. De qualquer maneira, apesar de tudo o que recebe no País, a renda de Robinho na Europa daria fabuloso salto. Kaká, por exemplo, recebia menos de US$ 200 mil anuais da Adidas no São Paulo. A mudança para o Milan elevou o contrato para US$ 2 milhões por ano.

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