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Robinho já pensa em apelar para a Fifa

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Por Agencia Estado
Atualização:

Robinho reuniu-se, ontem, por três horas, com o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, na cidade paulista, e deixou o encontro extremamente irritado. Mesmo depois de ter tornado explícito seu desejo de deixar o Brasil, alegando vários motivos, como a questão da segurança, não convenceu o dirigente a liberá-lo para o Real Madrid. E, com seu pai, Gilvan de Souza, e pessoas próximas, decidiu que, se Marcelo Teixeira não mudar de idéia, vai procurar a Fifa para tentar se desvincular do clube. Era tudo o que ele e seu procurador, Wagner Ribeiro, não queriam. Comprar briga com o clube que o revelou e lhe deu tudo na carreira não estava em seus planos. Mas Robinho acha que seu ciclo na Vila Belmiro acabou. Não quer, de jeito nenhum, seguir em Santos. E falou isso abertamente para Marcelo Teixeira. Como resposta, o presidente santista disse que só gostaria de negociá-lo após a Copa de 2006 e que até aceitaria dispensá-lo agora caso recebesse US$ 30 milhões líquidos. Esse valor, na verdade, é o equivalente a 60% da multa rescisória (US$ 50 milhões). Robinho detém 30% dos direitos e Wagner Ribeiro, 10%. O Real até admite oferecer US$ 30 milhões, mas por 100% dos direitos e não apenas por 60%. Nesse caso, o jogador e seu empresário teriam de abrir mão de sua parte para chegar à quantia desejada pelo Santos. Não é, porém, o que pretendem fazer, pois conseguiram essa fatia do total após negociação com a diretoria santista. Marcelo Teixeira se apóia no contrato que tem com o atleta, cuja data de vencimento é apenas em 2008. Por isso, está jogando pesado. A idéia de pessoas ligadas a Robinho é ir à Fifa alegando falta de segurança no Brasil. Há alguns anos, o meia Riquelme conseguiu a liberação do Boca Juniors, da Argentina, também na Fifa, por causa do seqüestro de seu irmão no país sul-americano. Na ocasião, a entidade máxima do futebol exigiu que o Boca facilitasse a transferência, usando como justificativa o fato de que Riquelme não poderia exercer sua profissão com tranqüilidade. O empresário Juan Figer, intermediário da transação de Robinho, não gostou nada de saber do resultado da reunião de ontem ? foi informado do teor da conversa por Wagner Ribeiro. E já fala em procurar um advogado europeu que conhece e tem boa relação com dirigentes da Fifa. A mãe de Robinho, Marina de Souza, foi seqüestrada no ano passado. Ela e seu marido, Gilvan, sentindo falta de segurança, não vivem mais em Santos há algumas semanas. Estão, agora, no Nordeste. Robinho já acertou tudo com o Real ? definiu contrato de cinco anos ?, mas não pode se apresentar aos espanhóis se o Santos não fechar negócio com o clube de Madri.

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