Publicidade

Robinho já procura casa em Madri

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Robinho acertou todos os detalhes do contrato com o Real Madrid. E seus familiares até planejam a mudança para a Europa - tanto que já começaram a procurar casa em Madri. A oferta salarial entusiasmou o jogador do Santos, que, embora não diga publicamente, deu a resposta positiva à cúpula do clube espanhol e sonha com a transferência ainda nesta temporada. O vínculo será de quatro anos. Pessoas próximas a Robinho dão a transação como praticamente definida, porque o Real aceita pagar o que Marcelo Teixeira, presidente santista, pedia no fim do ano passado. Na ocasião, o Benfica, de Portugal, e o PSV, da Holanda, ofereceram cerca de US$ 10 milhões livres ao clube paulista - algo considerável, pois o Santos só tem 60% dos direitos. Marcelo Teixeira, que havia dado o aval para a negociação na ocasião, mudou de idéia quando soube que o Real Madrid estava entrando na jogada. O mesmo ocorreu com Robinho e seus familiares, que preferem o clube espanhol ao Benfica e ao PSV. Naquela época, o presidente santista entregou um documento ao procurador do atleta, Wagner Ribeiro, por meio do qual autorizou a venda por US$ 10 milhões. Assim, Robinho só não vai para a Espanha no meio do ano se o Santos recuar na decisão de aceitar a proposta que, até poucos meses atrás, considerava boa: US$ 10 milhões livres. E se ?desrespeitar? a vontade do maior ídolo do futebol brasileiro. Seu desejo, aliás, é o que deve levar Marcelo Teixeira a não barrar o negócio, apesar do sonho do cartola de mantê-lo no Brasil até a Copa do Mundo de 2006. Florentino Pérez, presidente do Real, quer entregar a Marcelo Teixeira, até junho, US$ 10 milhões por 60% dos direitos do atacante, fatia pertencente ao Santos - os 40% restantes são do próprio Robinho. O total da transferência chegaria, portanto, a US$ 16 milhões, o dobro da quantia paga pelo Milan para levar Kaká em agosto de 2003. Os espanhóis ainda admitem aumentar um pouco a oferta - mas nada tão relevante. Só que o Real não está disposto a desembolsar os US$ 16 milhões de uma só vez. Fez, então, um acerto paralelo com Robinho. Os US$ 6 milhões dele - equivalentes aos 40% - seriam diluídos no contrato de quatro anos. Parte da imprensa espanhola, que afirma que o negócio está finalizado, exagera nos valores. Em nenhum momento, Pérez cogitou pagar 18 milhões de euros, como alguns jornais do país vêm publicando. Muita gente se pergunta: como o presidente do Real pode estar tão tranqüilo, se Robinho vem jogando cada vez melhor e se vários clubes passam a observá-lo, como o Barcelona? Não tem medo de perdê-lo? Não. Confia na palavra do jogador, de seus familiares e de seus empresários, Wagner Ribeiro e Juan Figer. E sabe que, para o atacante santista, não há nada - ou quase nada - melhor do que jogar no Real. Wagner Ribeiro não quis confirmar as informações. Comentou tratar-se apenas de especulações e preferiu não entrar em detalhes. Fontes ligadas à diretoria e à comissão técnica do Real, no entanto, atestaram todas as informações obtidas pelo Agência Estado. Um dos sintomas de que a família já conta com a mudança foi a viagem dos pais de Robinho, Gilvan de Souza e Marina Souza, para a Espanha, no mês passado. Eles passearam em Madri, conheceram a cidade - gostaram muito, por sinal - e procuraram moradia. São de origem simples, não têm nenhuma experiência fora do País e, por isso, foram acompanhados de pessoas mais instruídas, que os ?ciceronearam?. A Robinho Marketing Esportivo, agência que cuida da imagem de Robinho e de seus contratos publicitários, recebe inúmeras ofertas de patrocínio semanalmente. A empresa, de propriedade de seus pais e de Wagner Ribeiro, não quer, contudo, fechar nenhum acordo. A justificativa é de que, em alguns meses, na Espanha, o valor comercial da marca Robinho, que atualmente tem um contrato pessoal com a Nike, estará bem mais elevado. Trocar a América do Sul pela Europa realmente causa fabulosa valorização. É isso que o staff dele aguarda. Kaká é um grande exemplo. A Adidas, uma das patrocinadoras do meia do Milan, lhe pagava US$ 120 mil por ano na época do São Paulo. A mudança para o clube italiano jogou esse valor para US$ 2 milhões por ano. Além do aumento salarial, Robinho ganhará muito mais com acertos paralelos. E dará importante passo para ser eleito, em breve, o melhor do mundo pela Fifa. É por tudo isso que, apesar de declarar amor ao Santos, ele decidiu que chegou a hora de ir embora.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.