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Robinho: rara revelação ainda no País

Por Agencia Estado
Atualização:

O torcedor santista e o amante do futebol esperam que Marcelo Teixeira cumpra a promessa de fazer o máximo para segurar Robinho. O atacante é um dos poucos ídolos da seleção sub-23 que ainda não foram embora. Uma das principais diversões do povo nas tardes de domingo e nas noites de quarta-feira vem sendo bastante comprometida nos últimos anos com o êxodo dos craques e das jovens revelações. O Campeonato Brasileiro perdeu, e muito, o interesse sem as estrelas, reclamam os torcedores, embora a tevê consiga boa audiência com o esporte. Como costuma dizer Marco Aurélio Cunha, superintendente de Futebol do São Paulo, até o ?quinto escalão de jogadores? está rumando para o exterior. E o dirigente não exagerou em nada. Basta analisar a relação dos atletas que participaram do Pré-Olímpico do Chile, em janeiro, para atletas com menos de 23 anos. Quase ninguém disputa o Brasileiro. Dos 20 convocados pelo técnico Ricardo Gomes, apenas 6 vivem no Brasil. Imaginem se a campanha tivesse sido boa... A seleção deu vexame e ficou fora da Olimpíada de Atenas ? os classificados na América do Sul foram Argentina e Paraguai, os dois que fizeram a final na Grécia. Alguns, como o volante Fábio Rochemback, no Sporting, de Portugal, e o lateral Maxwell, no Ajax, da Holanda, já estavam na Europa, mas a maioria embarcou para o Velho Continente depois da competição no Chile. É o caso, por exemplo, do goleiro Gomes, ex-Cruzeiro e hoje no PSV, da Holanda, do volante Paulo Almeida, que trocou o Santos pelo Benfica, de Portugal, e de Diego, principal jogador santista ao lado de Robinho, negociado com o Porto por cerca de US$ 8 milhões. No Brasil, Robinho tem a companhia de alguns bons jogadores, como Dagoberto e Washington, do Atlético-PR, Roger, do Fluminense ? mas cujos direitos pertencem ao Benfica ? e Elano, do próprio Santos. Sua saída, assim como a dos colegas de mais destaque, é, no entanto, questão de tempo, como reconhece seu empresário, Wagner Ribeiro.

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