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Róbson vira sinônimo de gols no Pará

Por Agencia Estado
Atualização:

Se perguntarem no Pará quem é José Robson do Nascimento, ninguém saberá dizer. Basta, porém, falar em Robgol para logo surgirem as definições: "matador", "carrasco do Remo", "artilheiro cruel". É um apelido tão íntimo dos torcedores como uma tigela de açaí, uma cuia com tacacá ou o pato no tucupi, iguarias da culinária paraense. Só que Robgol, como atacante, é um prato indigesto para os goleiros adversários. Com pouco mais de 80 dias em Belém vestindo a camisa do Paysandu, esse paraibano de 1,85, 79 quilos e 32 anos, nascido em Barra do São Miguel, já conquistou os fanáticos torcedores do Papão da Curuzu, marcando 17 gols, seis deles pela Libertadores da América, da qual é um dos artilheiros. A média é de um gol por jogo, coisa hoje rara entre os artilheiros do futebol brasileiro. Por conta da intimidade com as redes adversárias, Robgol hoje mal pode andar pelas ruas da capital paraense. Os torcedores logo o cercam, pedindo autógrafos. As crianças também querem abraçar e beijar o ídolo. Calmo, fala mansa, Robgol atende a todos com franciscana paciência. "Eu gosto disso. É bom ser reconhecido pelo que se faz. A minha missão no Paysandu é fazer gols e eu estou fazendo". Os três gols que fez em apenas sete minutos contra o São Paulo, por exemplo, ainda não saem da cabeça do matador. "O time todo esteve bem", define, dividindo com o restante da equipe os méritos pela goleada. O atacante está feliz não apenas pela belíssima campanha que o Paysandu vem fazendo na Libertadores da América, inclusive com a histórica vitória sobre o Boca Juniors dentro do estádio La Bombonera, como também por estar vivendo o melhor momento de sua carreira. "Eu sou um persistente, não desanimo nunca, mesmo nos momentos difíceis da minha vida", filosofa o artilheiro do Papão. Depois de vestir com sucesso a camisa de clubes como Bahia, Náutico e Santa Cruz, o artilheiro se declara encantado com o fanatismo e o carinho da torcida do Paysandu. "É emocionante ver como eles vibram com o Paysandu. É bom a gente contribuir um pouco para essa alegria". Expulso na partida contra o Boca Juniors, Robgol fará falta na partida de volta no próximo dia 15, em Belém, no Mangueirão. Bom para os zagueiros argentinos? Nem tanto. "Tenho certeza que o meu substituto contribuirá para uma grande vitória e a nossa classificação à semifinal", vaticina o matador da Curuzu.

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