Roger pronto para o duelo com Fred

O falastrão Roger, garoto brincalhão de apenas 20 anos, está ansioso para vestir a camisa são-paulina pela primeira vez, neste sábado, contra o Cruzeiro de Fred.

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Por Agencia Estado
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Feriado prolongado, cidade vazia e noite fria na capital, limitam as opções de lazer para o paulistano. Um bom programa para este sábado é o duelo São Paulo x Cruzeiro, às 18h10, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. A grande atração para o público será ver, frente a frente, os dois goleadores do momento: Fred, artilheiro da Copa do Brasil pelo time mineiro com 12 gols e o estreante Roger, maior anotador do Nacional, com 5 gols marcados quando ainda jogava na Ponte Preta. O falastrão Roger, garoto brincalhão de apenas 20 anos - adora colocar apelido nos companheiros -, está ansioso para vestir a camisa são-paulina. Chegou na quinta-feira, participou apenas de um descontraído rachão, hoje, e já ganhou vaga de titular. Por enquanto, para que Luizão e Grafite sejam poupados. Para ele, pouco importa. "Estou chegando para conquistar meu espaço, jogar e ajudar o São Paulo. Claro, com respeito a todos," enfatiza. Roger é ambicioso. Nos elogios ao novo clube, aparecem suas reais metas. "Um jogador que tem objetivo de chegar à seleção brasileira e ao futebol europeu, tem de passar pelo São Paulo", afirma ele, que já defendeu a seleção sub-18, em 2003. Ele apenas se embaraça e desconversa quando questionado sobre o duelo com Fred. "Ele já tem história, um currículo legal. Para mim, tudo é muito novo", diz. E a camisa não pesará no novo reforço são-paulino? Jean veio da Ponte Preta como ele e, retraído, não agradou. "Isso não será problema para mim, sou extrovertido, gosto de brincar com todo mundo." Mal chegou ao Morumbi, e Roger já fez conquistas. Paulo Autuori está encantado com o atleta. "Ele apareceu bem, é novo, tem qualidades e espero que repita em campo aqui o que vinha demonstrando na Ponte Preta." Marco Antônio é outro aliado de Roger. O meia ganha chance diante do Cruzeiro e pretende "dar muitos gols ao atacante." Dos nove marcados pelo time neste Brasileiro, três saíram dos seus pés - Souza diante do Fluminense, Danilo contra o Vasco e Fabão contra o Coritiba. "Fico muito feliz quando um companheiro marca com passe meu. Parece até que fui eu quem fez o gol", disse Marco Antônio. Antes do jogo, ele vai ter uma "conversinha" com Roger para acertar a colocação em campo. Parece loucura, mas Marco Antônio treina, sozinho, lançamentos, ou assistências como gosta de definir. "Imagino onde ficam os adversários e coloco a bola. Faço isso umas 5, 10 vezes, até achar que fui bem." Apesar de atuar em casa e com necessidade de vencer para não distanciar-se dos líderes, o São Paulo terá 3 zagueiros em campo. Motivo: "O Fred tem de ser bem marcado", afirma Autuori. Com a entrada de Alex, Alê, Marco Antônio, Vélber e Roger, o técnico acredita manter um time competitivo. E em caso de tropeço? "O Brasileiro é como uma corrida de fundo, você pode largar mal desde que consiga um sprint no final", adverte. "E o São Paulo dará o sprint no momento certo."

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