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Rogério Ceni é novamente o destaque

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Por Agencia Estado
Atualização:

O São Paulo venceu o Deportivo Tachira por 3 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi, e ficou muito perto - pode perder por dois gols de diferença na quarta-feira em San Cristóbal - das semifinais desta que é, para os são-paulinos, cada vez mais a Libertadores de Rogério Ceni. Ele foi fundamental com as mãos - fez uma das grandes defesas de sua carreira numa cabeçada de Panigutti aos 42 minutos do segundo tempo - e, com os pés, marcando o primeiro gol do time aos 31 minutos do primeiro tempo. Há uma semana, o goleiro havia sido decisivo com as mãos e os pés na decisão por pênaltis contra o Rosario Central. "Este é um momento especial na minha vida. Temos que vencer a Libertadores para que tudo se complete de forma perfeita", afirmou Rogério Ceni, que viu do banco ou até fora dele as conquistas do São Paulo de Zetti em 1992 e 93 e esperou 10 anos para jogar a competição. "A Libertadores é especial e sempre quis participar dela. Na Libertadores são 57 mil torcedores, no Brasilero temos apenas sete mil. Estou muito feliz por estar aqui no São Paulo caminhando para essa conquista." Rogério Ceni não viu a bola entrar no primeiro gol. "Inverti o canto e só percebi que tinha sido gol quando a torcida comemorou e o pessoal me abraçou." E também não viu a bola que veio da cabeçada de Panigutti. "Foi reflexo, pulei e consegui rebater. Depois, tive tempo para tentar fechar o ângulo na sobra. De cada cinco bolas dessas, quatro entram. Tive sorte para fazer uma grande defesa." O jogo estava difícil em Lima, na estréia na Libertadores, e Rogério Ceni fez um gol de falta contra o Alianza. Fez um de pênalti e defendeu uma cobrança, contra o Rosario Central. E nesta quarta-feira, fez tudo o que fez. "Este momento é tão bom que não sinto falta da seleção brasileira. É aqui que me sinto feliz. Se me chamarem para a seleção, fico feliz, mas nada que se compare com o São Paulo", afirmou. "Não consigo imaginar o Rogério Ceni com outra camisa. Eu tomei ele como exemplo e disse aos jogadores que nós teríamos que mostrar que o São Paulo é nosso e não que nós somos funcionários do São Paulo. O Simplício entendeu isso, mostrou que é são-paulino e foi o melhor em campo", analisou Cuca. O técnico deu indicações claras de que o São Paulo terá um time misto em Belo Horizonte, domingo, às 18h, contra o Cruzeiro. Falou das dificuldades de viajar segunda-feira para a Venezuela - o roteiro da viagem ainda não está definido - e que será feita uma revisão dos jogadores contundidos. "Eu me preocupo com o Luís Fabiano e o Gustavo Nery", disse. O volante Ramalho joga no lugar de Alexandre, que levou o terceiro cartão amarelo, e o lateral Gabriel, expulso nesta quarta-feira, deve ficar de fora porque não atuará na Venezuela. "Vamos sofrer muito na Venezuela, podem ter certeza. Nada está definido", avisou Rogério Ceni. Luís Fabiano concorda e também não se mostrou animado com o jogo de Belo Horizonte. Preferiu contar como enganou o goleiro Sanhouse. "Ele sabe que eu bato sempre no canto direito do goleiro e ficou mostrando o outro lado, me mandando bater lá. Só que eu sabia que ele ia cair na direita. Quando abriu aquele cantão, eu só toquei. Agora, é só acertar um contra-ataquezinho lá na Venezuela e garantir a vaga."

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