Rogério Ceni será titular e capitão

Goleiro, que rompeu com o presidente do São Paulo, foi mantido na equipe titular e será o capitão do time na final contra o Flamengo, domingo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico Nelsinho Baptista, do São Paulo, confirmou hoje a escalação do goleiro Rogério Ceni na primeira partida contra o Flamengo, pela decisão da Copa dos Campeões, domingo, às 16 horas, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. O treinador mantém também Rogério Ceni no posto de capitão da equipe paulista. A rixa entre o atleta e o presidente do clube, Paulo Amaral, por causa de reajuste de salários, não vai alterar os planos de Nelsinho. O técnico e o jogador conversaram e acertaram tudo para a partida. "Rogério Ceni me passou uma confiança muito grande. Senti que ele está preparado para o jogo e não vejo motivo para tirá-lo da equipe, muito menos passar a tarja de capitão para outro atleta", afirma o treinador, que não acha que receberá ordens da diretoria do São Paulo para deixar o jogador fora da partida. "Essa hipótese não existe. Por isso, nem quero comentar como eu agiria se recebesse tal ordem da direção do clube. Portanto, não vamos ficar aqui especulando um problema que não existe", ressalta o técnico, que evita entrar no mérito da questão sobre desentendimento entre o goleiro e o presidente do São Paulo. Rogério Ceni também não quer mais falar sobre o episódio. Assim que a delegação chegou a João Pessoa, quinta-feira à noite, o goleiro afirmou que só falaria sobre a decisão da Copa dos Campeões. Ele não quer nem repercutir a entrevista que o dirigente deu em São Paulo na quinta-feira, negando que houvesse proposta do Arsenal da Inglaterra para levar o goleiro embora. O goleiro não fala mais sobre seu futuro no clube do Morumbi. Diz que só deverá comentar o assunto na volta da delegação a São Paulo, após a disputa da Copa dos Campeões. Nesta sexta-feira, surgiram até boatos de que o atleta seria desligado da delegação, mas a comissão técnica garantiu a permanência do goleiro. De qualquer forma, será muito difícil Rogério Ceni continuar no São Paulo no segundo semestre. A provável saída do goleiro cria a oportunidade para Roger, o reserva imediato da posição, assumir o lugar do maior ídolo da torcida são-paulina no momento. Roger diz que está pronto para o desafio. "Sempre me preparei para ficar à disposição da comissão técnica, seja qual for a situação", diz Roger, que disputou os dois jogos contra o Botafogo, pelas finais do Torneio Rio-São Paulo, conquistado pela equipe paulista. Na época, o titular estava na seleção. "Mas no momento o Rogério é muito importante para equipe. Teve grande atuação nos quatro jogos anteriores, e podem ter certeza que vai fechar o gol na decisão. Nem penso na hipótese de o Rogério não jogar contra o Flamengo", ressalta Roger. Contratado do clube da Gávea em 1997, Roger teve problemas no São Paulo, dois anos depois, ao pousar nu para uma revista destinada ao público homossexual. Na época, o treinador era Paulo César Carpegiani que o afastou do elenco. Atuou com o passe emprestado no Vitória e na Portuguesa. Foi reintegrado ao São Paulo em meados do ano passado pelo então técnico do clube Levir Culpi. Roger admite que conhece bem as qualidades do Flamengo. Mas ele diz que a decisão será equilibrada, porque o São Paulo está com índice aproveitamento excelente na competição. O goleiro reconhece que o clube carioca leva uma vantagem: a torcida. "Realmente é impressionante como a torcida do Flamengo é grande nordeste. Em 1995 e 96 joguei aqui, na região, várias vezes com o Flamengo e parecia que a gente estava jogando em casa, na Gávea", lembra Roger.

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