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Rogério Ceni sobrevive a 33 graus negativos na grama

Por Agencia Estado
Atualização:

Em jogo atípico para uma seleção brasileira, por causa do frio intenso e das condições do gramado do Lokomotiv Stadium, a vitória sobre a Rússia por 1 a 0 acabou premiando o atleta mais badalado da viagem da delegação a Moscou. Rogério Ceni se destacou com boas defesas e salvou o gol de empate num lance de reflexo, no momento em que os donos da casa pressionavam com o apoio da torcida. Apesar da atuação firme, em circunstâncias adversas, ele manteve um discurso cauteloso sobre seu futuro na seleção. "Se eu for à Copa do Mundo, não me sentirei surpreso; se não for, não ficarei decepcionado", disse Rogério Ceni, depois de afirmar que sua posição não é prioritária na formação de um time com "tantos craques", como o do Brasil. "Goleiro é secundário na seleção. E eu até entendo isso. Existe tantos que são muito bons, mas que passam despercebidos. Se a opção for por Dida, Marcos e Júlio César, a seleção estará muito bem servida. São todos de excelente nível. Eu fiz o meu dever de casa. Trabalhei bem e estou satisfeito." Rogério Ceni falou sobre o convívio de três dias com os demais atletas de ponta do Brasil e disse que o ambiente no grupo é o melhor possível. "Foi uma experiência bacana, pude conhecer pessoalmente o Gomes, uma pessoa formidável e ótimo goleiro, e desfrutar de horas importantes com os outros colegas." Para ele o Brasil tem tudo para conseguir o sexto título mundial na Alemanha. "Nossa equipe é forte porque conta com a qualidade e a experiência de vários atletas já adaptados ao futebol europeu. Isso pesa numa competição como a Copa do Mundo." Muito requisitado para entrevistas, Rogério comentou que esteve muito bem em 2005, no São Paulo, e que também por isso acabou convocado - acabou relacionado para o jogo com a Rússia devido ainda a uma coincidência: os três goleiros preferidos de Parreira estavam contundidos. "Quando não estiver na seleção, vou fazer o que sempre faço, torcer para o time vencer." Sobre o jogo com a Rússia, afirmou que vai guardar para sempre na memória a inédita experiência de atuar sob tanto frio - um termômetro levado pela comissão técnica da seleção registrou 33 graus negativos na grama, ao final da partida. "O jogo foi gelado, mas não foi uma fria. Eu senti os dedos dos pés e das mãos congelados, mas superei o problema." Antes de seguir para o ônibus da delegação, Rogério explicou porque não se candidatou a cobrar duas faltas na entrada da área no segundo tempo. "Eu estava com os pés congelados, nem podia sonhar em fazer isso. Tínhamos o Juninho Pernambucano para as cobranças."

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