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Rogério completa 500 jogos no São Paulo

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Por Agencia Estado
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Rogério Ceni gosta de polêmica, não é muito simpático em determinadas ocasiões e chega a passar ar de arrogância em algumas entrevistas. Mas uma questão é indiscutível: tem talento de sobra e defende o São Paulo de maneira honrosa há 499 jogos. O goleiro atinge, neste domingo, às 18 horas, contra a Ponte Preta, a expressiva marca de 500 partidas com a camisa tricolor e espera, como presente pela data festiva, a vaga para a Taça Libertadores de 2004, que tanto busca desde 1997, quando assumiu a condição de titular. Para isso, a equipe precisará vencer em Campinas. Aos 30 anos e há 13 no Morumbi, fez história no clube e no futebol brasileiro ao ter-se transformado no primeiro goleiro do País a cobrar faltas, por meio das quais marcou 25 gols - fez outros 3 em cobranças de pênalti e mais 3 em decisões por pênalti. E o lado são-paulino, aliado à dedicação, ajudou-o bastante a tornar-se querido pelo torcedor. Poucos foram os momentos ruins em sua carreira no clube. Um deles, talvez o pior, foi provocado por um suposto interesse do Arsenal, da Inglaterra, em sua contratação, em julho de 2001. Rogério queria que o São Paulo fizesse negócio ou lhe desse reajuste salarial, fato que provocou mal-estar com a diretoria, à época presidida por Paulo Amaral. O dirigente rejeitou o pedido do atleta, alegando não ter recebido nenhuma proposta. Os dois bateram boca via imprensa e o goleiro foi afastado por cerca de um mês. Seus anos no clube só não foram mais marcantes pela falta de títulos expressivos, como ele próprio reconhece. Como titular, faturou uma Copa Conmebol (1994), dois Paulistas (98 e 2000) e um Torneio Rio-São Paulo (2001). "Se conquistarmos a Libertadores no ano que vem, vou fazer parte da história do clube por esse título, que é importante. Se não, entrarei na história pelos serviços prestados." O título da Libertadores em 2004 seria fundamental também para o futuro. Seu contrato termina em julho e um passaporte para o Mundial Interclubes, em Tóquio, poderia facilitar uma renovação. "Por mim, encerraria a carreira no São Paulo, mas ainda é cedo para falar, haverá eleições em 2004... Se ganharmos a Libertadores, a diretoria vai querer manter o grupo." Muita gente admira o jogador no clube, mas há um grupo que acha que seu ciclo no São Paulo deve terminar no ano que vem. Para assegurar a vaga na competição continental já neste domingo, a equipe terá de jogar bem mais do que na quarta-feira, quando foi derrotada por 3 a 1 pelo River Plate, pela Sul-Americana, em Buenos Aires. Irritado com a atuação de seus comandados, o técnico Roberto Rojas anunciou modificações na escalação. Adriano e Carlos Alberto dão lugar a Marcelo Gallo e Marco Antônio. E Jean, suspenso, será substituído por Edcarlos. O único atacante será Diego Tardelli, recuperado de dores nas costas. Luís Fabiano cumpre mais uma partida de suspensão. Em crise, a Ponte precisa dos 3 pontos para se afastar da zona de rebaixamento.

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