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Roma resolve comprar briga por Cafu

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Por Agencia Estado
Atualização:

A diretoria da Roma decidiu comprar briga por Cafu. O presidente Franco Sensi garantiu hoje que o brasileiro continuará a ser escalado como "comunitário" - ou seja, como "europeu" - nos jogos oficiais da equipe. O passaporte italiano do lateral está sob suspeita e o caso vem sendo investigado pela promotoria pública de Roma. "Para nós, está tudo em ordem", declarou o dirigente, em entrevista a uma emissora de rádio romana. "Ele tem passaporte comunitário e vai jogar nessa condição a partida contra a Reggina, na rodada de final de semana", em claro desafio à "recomendação" dada pelo jornal La Gazzetta dello Sport, que em sua edição de hoje advertiu que a Roma pode vir a perder pontos. "Houve má fé do jornal, ao publicar na primeira página uma advertência sem fundamento", retrucou o dono do time. A situação não é tão simples quanto Sensi procura acreditar. O promotor Silverio Piro, encarregado do caso, pediu hoje que o presidente da Roma também seja investigado, não só por causa de Cafu, mas também pelo argentino Bartelt, que defendeu o clube durante curto período, no ano passado, e que agora joga no Rayo Vallecano, da Espanha. Antes, o cartola havia sido citado apenas como testemunha. "Se temos alguma responsabilidade, então o mesmo raciocínio se aplica à Federação e à Liga, que nos autorizou a inscrevê-los como comunitários", defendeu-se Sensi. "É dever dessas entidades controlar toda documentação de atletas. Trata-se de uma responsabilidade direta." Sensi não se considera sob investigação e além disso sustenta a lisura da dupla nacionalidade obtida por Cafu, por meio de sua mulher, Regina di Mauro, brasileira, mas cujo tataravô era imigrante italiano. "Não tem sentido ele deixar de atuar como comunitário", manifestou, com indignação. Os estrangeiros da Roma inscritos como "extracomunitários" - que não possuem documentos de países da União Européia - são os argentinos Gabriel Batistuta e Walter Samuel, o japonês Nakata e o brasileiro Marcos Assunção. Pela legislação, só trës podem ser utilizados durante os jogos da equipe. Émerson, Aldair, Antonio Carlos e Cafu, também brasileiros, atuam como europeus. Franco Sensi ainda emitiu nota oficial, no fim do dia, na qual se mostra "tranquilo e sereno", além de se colocar à disposição de autoridades "esportivas e judiciais" para esclarecimentos. "Todo o processo seguiu trâmites e tempos legais", afirma o texto da Roma.

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