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Romário: é cada vez mais fácil jogar

O atacante se surpreende com a facilidade que tem encontrado para manter o sucesso no futebol atual e planeja adiar a aposentadoria por mais 2 ou 3 anos.

Por Agencia Estado
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Passam-se os anos e, surpreendentemente, cada dia fica mais fácil para Romário se destacar no futebol mundial. Uma prova disso foram os dois gols marcados contra o México, que exigiram pouco esforço do atacante. Diante dessa realidade, o artilheiro do Vasco e da seleção, aos 35 anos, faz planos para prolongar a sua carreira para além da Copa do Mundo de 2002, na qual a sua presença parece certa. "Pela qualidade do futebol mundial, dá para jogar por mais dois ou três anos", garante Romário, ao chegar nesta sexta-feira ao Rio, depois da excursão em que a seleção disputou amistosos com México e Estados Unidos. "Tenho sentido que está mais fácil. Normalmente seria o inverso, quanto mais velho, mais difícil." Os números provam que Romário tem razão: no ano passado, ele quebrou o seu recorde de gols em uma temporada, ao marcar 73 vezes. Como o preparo físico nunca foi seu ponto forte, o atacante usa a sua habilidade e precisão para superar os adversários. "Os jogadores estão mais preocupados com a parte física do que com a parte técnica", critica o artilheiro. "Faço parte de uma geração anterior, que contava com muitos jogadores técnicos." Pelas sua contas, Romário poderia jogar até 2004, quando será realizada a Olimpíada da Grécia. Seria a oportunidade de tentar medalha de ouro, título que falta em sua carreira? O atacante prefere não se antecipar, pois não garante nem que terá condições de disputar a próxima Copa, em 2002. "Vou jogando na seleção enquanto puder, for agüentando, for convocado..." O objetivo imediato de Romário é ajudar o Brasil a se classificar para a Copa do Mundo e acumular o maior número de gols na seleção, para se aproximar da marca de Pelé. A distância entre os dois é grande: Pelé tem 97 e Romário, 68. Segundo Romário, o seu número de gols na seleção só não é maior porque os técnicos anteriores deixaram de chamá-lo durante certos períodos em que ele considerava merecer a convocação. "Em dois anos e meio, fui convocado para apenas um jogo", lamenta o atacante, referindo-se ao período em que Wanderley Luxemburgo foi o treinador do time do Brasil. "Deixei de disputar duas olimpíadas e uma Copa", completa ele, lembrando que Zagallo não lhe relacionou para os Jogos Olímpicos de 96 e ainda lhe cortou do Mundial de 98.

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